Saturday, October 31, 2009

VEJA Recomenda e Os mais vendidos


DVDs

Fotos divulgação
DVD
Ligações Criminosas: a escalada de um novo tipo de bandidagem na Itália


LIGAÇÕES CRIMINOSAS
(Romanzo Criminale, Itália/França/Inglaterra, 2005. Europa)
• Um grupo de garotos cresce pobre e marginal na Roma dos anos 60; na década seguinte, já adultos e com várias passagens pela prisão, eles decidem formar a mais agressiva organização criminosa da cidade, explorando drogas, prostituição e sequestros, e prestando serviços sujos ao estado. Liderados por Libano (Pierfrancesco Favino) e Fred-do (Kim Rossi Stuart), eles atropelam a máfia siciliana, desafiam o principal investigador da polícia (Stefano Accorsi, em grande atuação), firmam laços com o poder e, como era inevitável, travam disputas violentas entre si, que vão mudando de maneiras imprevisíveis o rumo dessa história. Que, aliás, é real: embora o diretor Michele Placido tenha ficcionalizado fatos e personagens, o caldo deste filme brutal e irredutível é a escalada de um novo tipo de crime organizado na Itália dos anos 70 aos 90. Placido, ex-policial, deslinda esse emaranhado com contundência comparável à de Gomorra – ao qual, aliás, é anterior, já que o filme chega aqui com considerável atraso.

DVD
Prisão: a infelicidade em tons sóbrios

ENTRE OS MUROS DA PRISÃO (Les Hauts Murs, França, 2008. Califórnia)
• A sobriedade, aplicada a um tema que costuma receber tratamento emotivo, é a marca desta estreia em cinema do diretor Christian Faure, veterano da televisão francesa. Em 1932, Yves (Emile Berling), um órfão de guerra de 14 anos, é confinado em um reformatório por ter duas vezes tentado fugir do orfanato em que vivia. A instituição, contudo, não é nem mais nem menos que um presídio, em que as aflições incluem o abuso sexual e a norma é o castigo. Ainda que o assunto nada tenha de original – e que o título brasileiro descaradamente tente pegar carona na notoriedade do recente Entre os Muros da Escola –, o filme merece interesse pela observação desassombrada que Faure faz dos personagens, sem santificá-los nem demonizá-los (atores conhecidos, como Carole Bouquet e Catherine Jacob, dão força ao elenco de apoio), e pela encenação clássica. A qual, aliás, não deixa de ser uma ironia, já que o enredo é adaptado da obra de um dos escritores e roteiristas preferidos dos cineastas da nouvelle vague: Auguste Le Breton (1913-1999), autor também de Rififi e Bob, o Jogador.

DISCOS

DISCO
O pianista Fonseca: música cubana sob múltiplas influências


AKOKAN
, Roberto Fonseca (Biscoito Fino)
• Nascido em Havana, este pianista de 34 anos começou como músico de apoio de artistas do Buena Vista Social Club – entre os quais intérpretes célebres como Ibrahim Ferrer e Omara Portuondo. Entretanto, a música de Fonseca, em sua carreira como artista principal, contém pouco dos boleros de Ferrer e Omara, e muito dos improvisos do pianista Rubén González, outro ícone da cena cubana. Akokan, seu segundo disco, traz até temas vocais, como Fragmento de Misa (na voz de Mercedes Cortes Alfaro, mãe do pianista) e Siete Potencias (Bu Kantu), que ganhou uma interpretação pungente da cabo-verdiana Mayra Andrade.
A despeito da qualidade dessas faixas, o que realmente sobressai no álbum são os temas instrumentais de Fonseca e sua banda. Por exemplo, a recriação da batida de Drume Negrita – ressaltada pelos solos inspirados do clarinetista Javier Zalba – ou a emulação da sonoridade do jazz europeu em Bulgarian. Outro ponto alto é Como en las Películas, uma balada dedicada à música e ao cinema da França, que faz jus plenamente à sua fonte de inspiração.

Alex Silva/AE
DISCO
Nelson Freire e Martha Argerich: em Live from Salzburg, repertório conhecido executado com brilhantismo


LIVE FROM SALZBURG
, Nelson Freire & Martha Argerich (Universal)
• Os pianistas Nelson Freire e Martha Argerich são amigos há mais de meio século – desde que Freire, então com 15 anos, foi a Viena estudar com Bruno Seidlhofer e conheceu Martha, que era três anos mais velha e estava começando a atrair a atenção da crítica. De lá para cá, a dupla dividiu recitais e discos e falou de sua amizade no documentário Nelson Freire (2003), de João Moreira Salles. Live from Salzburg, gravado há três meses, é a mais recente dessas colaborações. O público brasileiro, em especial, vai reconhecer o repertório – praticamente o mesmo de uma festejada apresentação dos dois no país em 2004. As obras incluem Variações sobre um Tema de Haydn, de Brahms, La Valse, de Ravel, e Rondó D 951, de Schubert. Danças Sinfônicas Op. 45, de Rachmaninoff, é a única peça que ficou de fora dos recitais brasileiros. As escolhas são algo batidas, mas não tiram o brilho do álbum. Ao contrário: a superioridade na execução de peças tão conhecidas e o entusiasmo com que Freire e Martha as abordam tornam difícil até imaginar que Brahms, Rachmaninoff e Ravel criaram suas obras para ser tocadas por orquestras, e não por dois pianos.

LIVRO

O CONTRÁRIO DA MORTE, de Roberto Saviano
(tradução de Ana Maria Chiarini; Bertrand Brasil; 96 páginas; 26 reais)
• Com o livro-reportagem Gomorra, sobre a truculência com que a organização criminosa napolitana Camorra se imiscui na economia mundial e assassina inocentes, o jornalista Roberto Saviano, de 30 anos, vendeu 2 milhões de cópias na Itália (no Brasil, foram mais de 50 000 exemplares), foi traduzido para cerca de quarenta línguas e teve sua narrativa levada aos cinemas pelo diretor Matteo Garrone. Pagou um preço alto pelo destemor: é jurado de morte, vive escondido e só sai de casa com cinco seguranças. Em seu novo livro, O Contrário da Morte,Saviano volta a falar dos criminosos da Camorra em dois relatos ficcionais sobre a vida no sul da Itália, onde para escapar da miséria os jovens têm de se alistar no Exército ou enveredar pelo crime. O primeiro conto fala da solidão e desânimo de Maria, noiva de um soldado que luta no Afeganistão para juntar dinheiro para o casamento. A segunda história, ainda mais triste, trata de dois rapazes que são mortos pela máfia. Trecho do livro.

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