Monday, October 12, 2009

ARTIGOS 12/10/2009

Metódica descontinuidade

Rubens Ricupero, Folha de S.Paulo, 11/10/09

De oito meses para cá, o governo se empenha em sistemática afirmação de uma identidade própria. Ficaram para trás os incertos tempos do começo do primeiro mandato. Mesmo a contragosto, o presidente tinha então de resignar-se aos elogios ambíguos de que só acertava porque dava continuidade à obra do antecessor.


Pra casa, Ciro!

Ricardo Noblat, O Globo, 12/10/09

O que mais causaria incômodo a Lula? O candidato do PSDB a presidente se eleger direto no primeiro turno da eleição? Ou ele ser obrigado a apoiar o deputado Ciro Gomes (PSB) no segundo turno? Se for o caso, Lula prefere perder a eleição com Dilma Rousseff do que ganhá-la com Ciro. Dilma foi escolha dele.

Bate-boca com fatos não leva a nada

Marco Antonio Rocha, O Estado de S. Paulo, 12/10/09

É normal que políticos no auge de campanhas eleitorais, de cima de palanques ou arengando às massas, ajam como brucutus contra adversários, como cruzados de lança em punho contra os infiéis. Autoridades do governo, mesmo as que militam em partidos, o que precisam é convencer, e não derrotar. Mas diversos petistas no governo Lula nunca depõem armas, militam a vida toda, em tempo integral.

“Presunção de inocência é para o direito penal”

Marlon Reis, entrevista a O Estado de S. Paulo, 12/10/09

Uma das principais vozes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Marlon Reis foi um dos organizadores da campanha Ficha Limpa, que, em pouco mais de um ano, coletou 1,3 milhão de assinaturas em defesa do projeto que proíbe a candidatura de políticos condenados pela Justiça. Reis, que é juiz eleitoral e comanda a Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe), diz estar confiante na aprovação da proposta no Congresso e destaca que serão poucos os parlamentares atingidos pela medida.

Pra boi dormir

Raul Velloso, O Estado de S. Paulo, 12/10/09

Passados 20 anos da promulgação da Constituição de 1988, o governo conseguiu um feito impressionante. Pôs em prática um modelo de sustentação e expansão da demanda de consumo de um grupo gigantesco que, com base em dados de 2005, pode ser estimado em cerca de 40 milhões de pessoas, sem contar seus dependentes. No ano passado, o total dos pagamentos diretos a essas pessoas alcançou a cifra chocante de R$ 378 bilhões, nada menos do que 2/3 do Orçamento federal. Em comparação com 1987, esses pagamentos cresceram 72% acima da inflação e pelo menos 6% acima do PIB, implicando forte queda da poupança nacional.

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