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EXPOSIÇÃO OUROS DE ELDORADO: ARTE PRÉ-HISPÂNICA DA COLÔMBIA DVD A BATALHA DOS TRÊS REINOS (Red Cliff, China, 2008. Europa) LIVRO EM CASA, de Marilynne Robinson (tradução de Adriana Lisboa; Nova Fronteira; 400 páginas; 39,90 reais) DISCOS NOS QUINTAIS DO MUNDO, DJ Tudo (Mundo Melhor) • DJ Tudo é o pseudônimo do instrumentista e produtor Alfredo Bello. Em dezenove anos de carreira, ele trabalhou com artistas promissores da MPB atual, como o compositor pernambucano Junio Baretto, e participou do CD mais recente do produtor jamaicano Lee Perry. Mas seu melhor projeto é o estudo de ritmos folclóricos brasileiros, que deu origem a uma coleção de quinze discos. A pesquisa e a mistura também pontuam Nos Quintais do Mundo. Bello pinça trechos de cantadores nordestinos, percussão africana ou gêneros como maxixe e maracatu e dá a eles ambientação de dub ou música dançante. Que não fique a impressão de que Nos Quintais do Mundo é um álbum estranho ou de utilidade apenas antropológica: Bello está mais para a contemporaneidade da dupla Brian Eno e David Byrne (autores de My Life in the Bush of Ghosts, um dos primeiros discos a explorar a world music) que para os estudos folclóricos de Mário de Andrade. Faixas como Gaita Mestra e Baião Antigo têm poder de combustão para incendiar qualquer pista de dança. PYROTECHNICS: VIVALDI ARIAS, Vivica Genaux (Emi) • Nascida no Alasca, Vivica Genaux é uma das raras unanimidades do mundo do canto lírico: é admirada por seu virtuosismo, por suas apresentações arrebatadoras – como as que fez em São Paulo, no ano passado, quando interpretou peças de Händel –, pelo bom gosto de seu repertório e pela beleza de traços exóticos. A meio-soprano começou cantando óperas de Rossini, como O Barbeiro de Sevilha e La Cenerentola. No fim dos anos 90, ela conheceu o regente belga Rene Jacobs, que sugeriu à cantora que se aprofundasse no repertório barroco. Desde então, Vivica lançou discos importantes dedicados ao período (mas sem abandonar completamente as óperas de Rossini), como uma coletânea de árias celebrizadas pelo castrato Farinelli e a ópera Rinaldo, de Händel. Pyrotechnics une Vivica a outro especialista em música barroca, o violonista e maestro Fabio Biondi. O título do álbum – "pirotecnias" – tem boa razão de ser: Vivaldi era famoso por criar árias que exigiam excepcional virtuosismo e precisão de seus intérpretes – qualidades que Vivica tem de sobra. [A|B#] Fontes: Balneário Camboriú: Livrarias Catarinense; Belém: Laselva; Belo Horizonte: Laselva, Leitura; Betim: Leitura; Blumenau: Livrarias Catarinense; Brasília: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva; Campinas: Cultura, Fnac, Laselva; Campo Grande: Leitura; Caxias do Sul: Saraiva; Curitiba: Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Saraiva; Florianópolis: Laselva, Livrarias Catarinense, Saraiva; Fortaleza: Laselva, Saraiva; Foz do Iguaçu: Laselva; Goiânia: Leitura, Saraiva; Governador Valadares: Leitura; Ipatinga: Leitura; João Pessoa: Saraiva; Joinville: Livrarias Curitiba; Juiz de Fora: Leitura; Londrina: Livrarias Porto; Maceió: Laselva; Mogi das Cruzes: Saraiva; Navegantes: Laselva; Petrópolis: Nobel; Piracicaba: Nobel; Porto Alegre: Cultura, Fnac, Livrarias Porto, Saraiva; Recife: Cultura, Laselva, Saraiva; Ribeirão Preto: Paraler, Saraiva; Rio de Janeiro: Argumento, Fnac, Laselva, Saraiva, Travessa; Salvador: Saraiva; Santa Bárbara d’Oeste: Nobel; Santo André: Saraiva; Santos: Saraiva; São Paulo: Cultura, Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Livraria da Vila, Martins Fontes, Nobel, Saraiva; Sorocaba: Saraiva; Vila Velha: Saraiva; Vitória: Laselva, Leitura; internet: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva, Submarino.
(em cartaz a partir de sábado 29, na Pinacoteca do Estado de São Paulo)Divulgação • No século XVI, conquistadores espanhóis embrenharam-se pela América do Sul em busca do lugar onde viveria o El Dorado – ou "homem dourado", chefe de uma tribo indígena tão aquinhoada com ouro que ele cobriria seu corpo com o metal precioso em pó. Tal personagem, é claro, nunca foi encontrado (e, com o tempo, sua história se transmutaria na lenda do Eldorado, cidade imaginária toda construída de ouro). Mas, ao se dirigirem à região do povo mítico em questão, os muíscas – nas proximidades de onde hoje se localiza Bogotá, capital da Colômbia –, os espanhóis depararam com tesouros não menos impressionantes. Ao longo de 2 000 anos, os muíscas e outras tribos colombianas desenvolveram processos avançados de ourivesaria. Boa parte do que resistiu à corrida pela riqueza dos séculos seguintes integra o acervo de mais de 30 000 peças do Museu do Ouro de Bogotá – o testemunho mais extraordinário da opulência das culturas pré-colombianas. A mostra paulistana traz 250 desses artefatos pela primeira vez ao país, em um apanhado que inclui desde adornos, como pingentes e braceletes, até itens de cunho religioso. EXPOSIÇÃO
Estátua pré-colombiana:
o acervo do Museu do Ouro
de Bogotá revela a arte
de tribos como os muíscasEverett Collection/Keystone DVD
A Batalha dos Três Reinos: depois de muito tempo, um filme inédito do diretor John Woo
• Entre as décadas de 80 e 90, o chinês John Woo foi tido como o mais original e vigoroso diretor de filmes de ação em atividade, em uma ascensão que culminaria com A Outra Face, de 1997, eMissão: Impossível – 2, de 2000. E, então, a estrela de Woo começou a se apagar: há mais de cinco anos não se ouvia falar em filme novo seu por aqui. A Batalha dos Três Reinos remedeia em parte a situação – chega diretamente em DVD, uma arena acanhada para as gigantescas cenas de batalha deste épico histórico (novidade na carreira do diretor). Mas mostra que Woo é ainda dono de um senso de ritmo inigualável, e mantém seu dom para cortar se-quências colossais com cenas de singelez absoluta. Um exemplo admirável: a aparição do senhor da guerra Zhou Yu (o sempre impressionante Tony Leung), em que um exercício de combate é interrompido pelo som distante de uma flauta. A história é aquela coisa – no século III, suseranos com nomes difíceis de lembrar travam guerra entre si, requisitando milhares de figurantes. Mas não é pelo enredo que se assiste aos filmes de Woo, e sim pela sua capacidade de tornar o simples movimento algo belo e cheio de emoção.
• A americana Marilynne Robinson, 63 anos, publicou apenas três livros em três décadas de carreira. É daquelas autoras que constroem pacientemente uma geografia, um universo autônomo onde transcorrem suas histórias – no caso, a pequena cidade de Gilead, no Iowa. Seu romance anterior, prêmio Pulitzer de 2005, é intitulado Gilead e tem como protagonista John Ames, um velho reverendo que, nos anos 50, reconstitui sua vida e a história de sua família em uma carta ao filho. Embora Ames reapareça no novo romance,Em Casa não é uma continuação. Trata-se de uma nova história, centrada na família do melhor amigo de Ames, o também reverendo Robert Boughton. Doente, ele recebe de volta em casa a filha Glory, que vem cuidar dele nos seus dias finais. E Jack, o filho alcoólatra e desregrado, também retorna, causando uma certa comoção na pacata e conservadora cidadezinha. Com uma narrativa delicada, mas densa, o romance de Marilynne atualiza, com grande sensibilidade, o tema bíblico do retorno do filho pródigo.Divulgação DISCO
Vivica Genaux: a meio-soprano que veio do Alasca canta
as árias pirotécnicas de VivaldiClique aqui para acessar a lista estendida de livros mais vendidos
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