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CINEMA LIVROS O PODER PELO AVESSO, de Dora Kramer (Barcarolla; 416 páginas; 39 reais) AFLUENTES DO RIO SILENCIOSO, de John Wray (tradução de Vanessa Barbara; Companhia das Letras; 304 páginas; 48,50 reais) DISCO [A|B#] Fontes: Balneário Camboriú: Livrarias Catarinense; Belém: Laselva; Belo Horizonte: Laselva, Leitura; Betim: Leitura; Blumenau: Livrarias Catarinense; Brasília: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva; Campinas: Cultura, Fnac, Laselva; Campo Grande: Leitura; Caxias do Sul: Saraiva; Curitiba: Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Saraiva; Florianópolis: Laselva, Livrarias Catarinense, Saraiva; Fortaleza: Laselva, Saraiva; Foz do Iguaçu: Laselva; Goiânia: Leitura, Saraiva; Governador Valadares: Leitura; Ipatinga: Leitura; João Pessoa: Saraiva; Joinville: Livrarias Curitiba; Juiz de Fora: Leitura; Londrina: Livrarias Porto; Maceió: Laselva; Mogi das Cruzes: Saraiva; Navegantes: Laselva; Petrópolis: Nobel; Piracicaba: Nobel; Porto Alegre: Cultura, Fnac, Livrarias Porto, Saraiva; Recife: Cultura, Laselva, Saraiva; Ribeirão Preto: Paraler, Saraiva; Rio de Janeiro: Argumento, Fnac, Laselva, Saraiva; Salvador: Saraiva; Santa Bárbara d’Oeste: Nobel; Santo André: Saraiva; Santos: Saraiva; São Paulo: Cultura, Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Livraria da Vila, Martins Fontes, Nobel, Saraiva; Sorocaba: Saraiva; Vila Velha: Saraiva; Vitória: Laselva, Leitura; internet: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva, Submarino.VEJA Recomenda
Divulgação CINEMA
Uma Noite Fora de Série: Tina Fey e Steve Carell valem o programa
UMA NOITE FORA DE SÉRIE (Date Night, Estados Unidos, 2010. Desde sexta-feira em cartaz no país)
• Casa e trabalho, trabalho e casa - essa é a rotina dos exaustos Phil e Claire Foster, um contador e uma corretora de imóveis de Nova Jersey que, com esforço considerável, reservam uma noite por semana para jantar num restaurante da vizinhança (no qual se sentam sempre à mesma mesa e pedem sempre os mesmos pratos), enquanto uma babá cuida dos dois filhos pequenos. O divórcio de um casal de amigos, porém, instila nos Foster o temor de que também eles estejam a caminho de se tornar apenas bons amigos. Para reviver o romantismo, decidem fazer uma extravagância e ir jantar num restaurante da moda em Manhattan - onde serão confundidos com um par de chantagistas e implacavelmente perseguidos por dois brutamontes que trabalham para um mafioso. É o ensejo para uma fiada de desventuras cômicas que ganham, na atuação inspirada de Steve Carell e Tina Fey, o que lhes falta em originalidade. Trabalhando pela primeira vez juntos, esses dois grandes comediantes tiram ouro de cenas como aquela em que inventam uma história para o casal da mesa ao lado ou, mais ao estilo pastelão, a sequência em que fazem uma dança erótica em um clube de strip-tease.
DVDEverett Collection/Grupo Keystone DVD
Jogo de Mentiras: sempre há um "pato" pronto a cair nas armadilhas de uma loira
JOGO DE MENTIRAS (Don McKay, Estados Unidos, 2010. Califórnia)
• Zelador de uma escola há mais de vinte anos, Don McKay (Thomas Haden Church) é um desses sujeitos tristes cuja vida não chegou a lugar nenhum - o que deixa de parecer tão ruim assim em vista da cilada em que ele cai ao receber uma carta de uma antiga namorada. Sonny (Elisabeth Shue) permaneceu na cidadezinha em que os dois se conheceram, na adolescência. Mas está à morte (ou diz estar), e quer seu primeiro amor ao seu lado nos momentos finais. A estranha enfermeira que cuida dela (Melissa Leo) não aprova o relacionamento, assim como o médico (James Rebhorn), que dá sinais inequívocos de ciúme. Mas, antes que possa começar a se perguntar por que essas peças não se encaixam, Don já se verá envolvido em um assassinato, uma tentativa de chantagem e uma rede de falsidades que parece impossível deslindar. A estreia do diretor e roteirista Jake Goldberger faz uma homenagem explícita, mas nem por isso menos surpreendente, a velhos clássicos noir, como Pacto de Sangue: onde há uma loira oferecida, brinca seu filme, sempre haverá também um "pato" pronto a cair em sua armadilha.
• "Autonomia mental é a essência da coisa", diz a jornalista Dora Kramer na introdução de O Poder pelo Avesso. A "coisa", no caso, é o jornalismo. Com 36 anos de profissão, Dora assina uma das melhores colunas de política do país, no jornal O Estado de S. Paulo. Muito bem informada sobre as movimentações nos meandros de Brasília, ela se mostra sempre cristalina na argumentação e incisiva na opinião. Coletânea de 99 colunas publicadas de 2001 a 2009, O Poder pelo Avesso apresenta um painel abrangente do governo Lula, desde a campanha eleitoral que levou o ex-metalúrgico à Presidência. O mensalão, a crise de credibilidade do Congresso e a leniência oficial para com os crimes do MST estão entre os temas analisados com rigor e ironia pela autora. Dora observa que a hostilidade do governo e do PT a seus críticos tornou o trabalho do colunista de política especialmente delicado nesses anos - a crítica, diz ela, passou a ser vista como um "ato de lesa-pátria". Num ambiente carregado de intolerância ideológica, uma inteligência como a de Dora Kramer se torna ainda mais necessária.
• Um garoto entra, apressado, em um vagão do metrô de Nova York, fugindo de dois homens que parecem persegui-lo. Essa cena inicial, com as portas do trem fechando no momento exato para deixar os bandidos de fora, tem algo de clichê cinematográfico. A partir daí, porém, nada é familiar neste terceiro romance (o primeiro traduzido no Brasil) do americano John Wray, de 38 anos - eleito pela revista Granta, em 2007, um dos melhores jovens escritores americanos. William Heller, o adolescente fugitivo, entabula uma conversa com outro passageiro do metrô - um senhor de turbante sikh -, e o leitor aos poucos percebe algo fora de esquadro nos pensamentos do rapaz. "O mundo vai durar só até o fim desta tarde", ele anuncia. Heller é esquizofrênico, fugiu de uma clínica psiquiátrica e está sem medicação, daí seus delírios paranoicos. Ambientado em grande parte nos intrincados túneis do metrô de Nova York - que funcionam como uma representação física dos atormentados subterrâneos mentais do protagonista -, Afluentes do Rio Silencioso captura o leitor com uma narrativa ágil e nervosa.Divulgação
CONGRATULATIONS, MGMT (Sony Music)
• Ben Goldwasser e Andrew Vanwyngarden, líderes do MGMT, deram um susto nos executivos de sua gravadora, a Sony Music. Em meados do ano passado, anunciaram que seu disco seguinte seria produzido por Pete Kember, do grupo Spacemen 3, um artista respeitado nos meios alternativos, mas que nunca havia emplacado um sucesso comercial. A dupla também afirmou que o novo trabalho dificilmente traria músicas de apelo radiofônico - uma heresia para quem havia criado hits como Kids. Congratulations, o CD "difícil" do MGMT, acaba de ser lançado. E não há o que temer. Ao vivo, o grupo exagera no flerte com a psicodelia, que torna suas apresentações um tanto enfadonhas. No disco, esses excessos são podados. O MGMT mostra uma boa diversidade musical, brincando com gêneros como a surf music e o ska. Também faz provocações bem-humoradas com figurões do pop - uma das canções se chama Brian Eno, em homenagem ao produtor de David Bowie e U2, e outra foi batizada de Lady Dada.Clique aqui para acessar a lista estendida de livros mais vendidos
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