Saturday, March 27, 2010

VEJA Recomenda Os livros mais vendidos



DVD

Catherine Cabrol/ Corbis/Latinstock
DVD
Kurosawa: no centenário de seu nascimento, uma amostra de seus talentos diversos

COLEÇÃO AKIRA KUROSAWA (Europa)

• Um dos maiores cineastas japoneses e um criador de fôlego e vocação monumentais, Kurosawa, pintor por formação, foi um apaixonado pelo cinema americano. Uniu essas influências em trabalhos que são simultaneamente muito japoneses, muito pessoais e muito comunicativos: um de seus prazeres era empolgar a plateia e carregá-la consigo na emoção de uma cena. Essa coleção, que marca o centenário de seu nascimento, dá uma ótima amostra de suas veias diversas. Dois dos títulos, Os Sete Samurais (1954) e Sanjuro (1962), estão entre os mais brilhantes dos vários filmes de samurai que fez (ambos são estrelados por Toshiro Mifune, sua inspiração constante). Outros dois, Cão Danado (1949) e Céu e Inferno (1963), são dramas contemporâneos: no primeiro, um detetive tem de procurar a arma que lhe foi roubada num ônibus; no segundo, um empresário quase falido tem seu filho sequestrado (de novo, Mifune nos dois papéis). O último título, Depois da Chuva (1999), é uma homenagem ao mestre, morto no ano anterior: Takashi Koizumi, um de seus discípulos, invoca o estilo do diretor para filmar um roteiro deixado por ele, sobre um samurai caído em desgraça mas amparado por sua mulher leal.

KARAJAN MEMORIAL CONCERT: ANNE-SOPHIE MUTTER,
SEIJI OZAWA E FILARMÔNICA DE BERLIM
(Music Brokers)

• Em 2008, comemorou-se o centenário de nascimento do maestro austríaco Herbert von Karajan (1908-1989). Esse concerto gravado em Viena foi um dos destaques entre as muitas homenagens rendidas ao regente mais poderoso do século XX. Principalmente porque levou ao palco três das principais, digamos, criações de Karajan: a violinista alemã Anne-Sophie Mutter, que foi uma de suas mais brilhantes pupilas; o regente japonês Seiji Ozawa, outro de seus discípulos talentosos; e a Filarmônica de Berlim. Karajan sucedeu ao lendário Wilhelm Furt-wängler na direção da orquestra e a transformou em uma potência do mundo erudito. À sua sonoridade única, acrescentou um pulso e uma personalidade inconfundíveis. No recital, Anne-Sophie interpreta o Concerto para Violino de Beethoven, uma das peças que mais frequentemente executou sob o comando de Karajan. Ainda que ela segure o andamento da obra, não há como censurar a violinista – seu virtuosismo é de calar qualquer crítico. Mas é Ozawa quem brilha sobre todos, ao liderar a Filarmônica de Berlim numa das mais belas versões da Sexta Sinfonia de Tchaikovsky.

CINEMA

OS EUA X JOHN LENNON (Estados Unidos, 2006. Em cartaz a partir de sexta-feira)

Divulgação
CINEMA
Lennon: na mira dos conservadores americanos

• Em 1966, a Inglaterra inteira balançava ao som do pop e do rock. Mas, alheia a essa efervescência, a então vetusta BBC transmitia menos de uma hora cheia de rock por dia. Azar seu – rádios piratas começaram a pipocar por todo o país, transmitindo 24 horas por dia, sete dias por semana, aquilo que o público queria ouvir (e literalmente metade da Inglaterra sintonizava nelas). Não, porém, impunemente: setores conservadores do governo não descansaram até desativá-las, em 1967, por meio de um decreto que nada ficava a dever, nos seus meandros furtivos, a uma daquelas medidas provisórias brasileiras editadas na caluda. O governo inglês ganhou a batalha, mas o rock ganhou a guerra. A história de uma dessas rádios, instalada em um navio ancorado no Canal da Mancha, é o que conta o filme do diretor Richard Curtis, roteirista de Quatro Casamentos e Um Funeral. Ótimos atores, como Philip Seymour Hoffman e Bill Nighy, personagens coloridos e, evidentemente, uma trilha sonora sensacional garantem a simpatia do enredo.

DISCO

RACONTE MOI, Stacey Kent (EMI)

• A americana Stacey Kent é uma das maiores artistas de jazz da atualidade. Sua interpretação é delicada, mas repleta de sentimento; e ela se faz acompanhar por músicos talentosos, como o saxofonista e arranjador Jim Tomlinson (com quem é casada) e o pianista Graham Harvey. Mas é no repertório que ela supera concorrentes como Diana Krall e Jane Monheit. A cantora fez discos em homenagem à dupla Rodgers & Hammerstein e transformou Landslide, do grupo de rock Fleetwood Mac, numa balada terna. Como o nome sugere, o novo Raconte Moi é dedicado à canção francesa. Escapa, porém, das escolhas óbvias. Stacey gravou, por exemplo, duas criações de Benjamin Biolay, compositor que pertence à nova geração da chanson. De Paul Misraki, autor de trilhas para filmes de Claude Chabrol e Jean Renoir, ela interpreta L’Étang. Quando parte para canções manjadas, Stacey dá outra mostra de versatilidade – Águas de Março, de Tom Jobim, e It Might as Well Be Spring, de Rodgers & Hammerstein, são mostradas nas suas versões em francês.

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DISCO
Stacey Kent: escolhas originais e ótimas interpretações



LIVRO

PEANUTS COMPLETO 1953-1954, de Charles M. Schulz
(Tradução de Alexandre Boide; L± 344 páginas; 68 reais)

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LIVRO
Lorenzo de Medici: uma loucura tentar matá-lo – e maior ainda deixá-lo vivo

• Em 2000, quando o cartunista americano Charles M. Schulz anunciou seu afastamento do trabalho por motivos de saúde (ele morreria pouco depois), as tirinhas Peanuts (que foram popularizadas no Brasil com o nome de Snoopy) eram publicadas em mais de 2 600 jornais. Haviam também chegado a 75 países, em 21 idiomas, num dos mais extraordinários casos de sucesso do gênero. Peanuts Completo faz parte de uma série que reúne meio século de tiras da turma de Charlie Brown, o menino que costuma ser malsucedido nas suas ações e
é zombado por todos os amiguinhos, da arrogante Lucy ao beagle Snoopy, que não aceita sua condição de animal doméstico e se recusa a dormir na casinha de cachorro. O volume traz todos os quadrinhos do cartunista entre 1953 e 1954. Conta ainda com uma pequena biografia de Schulz (1922-2000) e um relato sobre o autor escrito por outro americano ultrainfluente do período, o jornalista Walter Cronkite. Leia trecho

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