Saturday, February 20, 2010

VEJA Recomenda e Os mais vendidos

VEJA Recomenda

DVD

Divulgação
DVD
Bem-Vindo: o imigrante curdo que sonha em nadar até a Inglaterra

BEM-VINDO (Welcome, França, 2009. Imovision)
• Quando o professor de natação Simon (Vincent Lindon) conhece o curdo Bilal (Fiart Ayverdi), de 17 anos, não presta muita atenção nele: a cidade portuária de Calais, onde ele mora, está repleta de refugiados e imigrantes ilegais que esperam meses por uma chance de atravessar o Canal da Mancha rumo à Inglaterra. Bilal, porém, tem algo de especial. E Simon, que o abriga em sua casa (pela lei francesa, crime passível de prisão), no começo apenas para impressionar a ex-mulher, acaba se ligando a ele. Quer Bilal como filho e, para mantê-lo perto, continua a treiná-lo para seu plano maluco de fazer a travessia a nado. O filme do diretor Philippe Lioret é ao mesmo tempo um drama tocante e uma crítica demolidora à maneira desastrosa com que os franceses lidam com a imigração – mesmo quando, como no caso de Bilal, os clandestinos vêm de países em guerra e pertencem a minorias perseguidas.

TELEVISÃO

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TELEVISÃO
The Prisoner: nova versão de um clássico
da paranoia

THE PRISONER (Estreia no domingo 28, às 20h, na HBO)
• Michael (Jim Caviezel) desperta num lugar inóspito e, sem saber por que diabos se encontra ali, torna-se alvo de uma perseguição policial. Após atravessar uma zona desértica, ele chega a um lugarejo certinho, chamado apenas de "A Vila". Logo descobrirá que, assim como ocorre com os vizinhos, ele não tem mais nome – é conhecido por um número, Seis. Enquanto tem flashes do que imagina ser sua vida real, em Nova York, Michael tenta fugir do local – ainda que Dois (Ian McKellen), dirigente da tal Vila, garanta que não existe outra realidade além daquela. A premissa de The Prisoner, minissérie do canal americano AMC (o mesmo que produziu a inovadoraMad Men), tem algo de Lost. Mas, se alguém paga tributo, é essa última: The Prisoner é a versão de um programa inglês dos anos 60 que foi pioneiro em explorar uma trama fragmentária (e meio paranoica) de mistério.

DISCOS

SOLDIER OF LOVE, Sade (Sony Music)

Donna Svennevik/Getty Images
DISCO
Sade: dez anos depois, a mesma voz aveludada e sexy

• Fazia dez anos que a cantora inglesa (nigeriana de nascimento) não surgia com um novo disco – seu último lançamento foi Lovers Rock, de 2000. Mas, para Sade, isso não importa: ela se mantém sempre fiel ao seu estilo suave e sensual. Somente a programação eletrônica da faixa-título se desvia um tanto dessa linha. Nas outras nove canções de Soldier of Love, a voz aveludada e sexy de Sade compõe o que poderia ser uma trilha sonora para o acasalamento. A qualidade musical do CD deve-se em grande parte aos arranjos do guitarrista, saxofonista e produtor Stuart Matthewman. Na banda de Sade desde 1985, ele é responsável por detalhes que fazem a diferença, como os violões no reggae Babyfather e na balada The Moon and the Sky, as duas melhores canções do disco.

THE LEGENDARY BERLIN CONCERT: 18th May 1986, Vladimir Horowitz (Sony Music)

Ingrid Rossi/Corbis/Latinstock
DISCO
Vladimir Horowitz: concerto magnífico do pianista que tinha pavor de tocar ao vivo

• Um dos maiores pianistas do século passado, o ucraniano Vladimir Horowitz (1903-1989) tinha pavor de se apresentar ao vivo. Mas, uma vez acomodado em sua banqueta, dava recitais magníficos, que os espectadores recordariam por toda a vida. Este CD duplo é uma prova disso. Traz a íntegra de um espetáculo do pianista na Alemanha, duas semanas depois de ter tocado na Rússia (país que Horowitz, exilado do regime comunista, não visitava havia 61 anos). O repertório do CD (Scarlatti, Chopin) é muito semelhante a Horowitz in Moscow, que registra os concertos russos. Mas Horowitz era famoso por nunca se repetir ao tocar a mesma peça. Cada recital trazia mudanças sutis, nem sempre perceptíveis à primeira audição. O músico tocava tudo com tanta paixão e elegância que se perdoam até as notas erradas na execução de Kreisleriana, de Schumann.

LIVROS

RAPOSA-SERRA DO SOL - O ÍNDIO E A QUESTÃO NACIONAL, de Aldo Rebelo (Thesaurus; 128 páginas; 30 reais)
• Em 2008, o Supremo Tribunal Federal confirmou a controversa demarcação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima – uma área de 17 000 quilômetros, habitada por apenas 19 000 índios, que era alvo de disputas pelo menos desde a década de 70. Como consequência, arrozeiros que produziam nesse território foram expulsos de suas fazendas. O governo federal foi o grande patrocinador da demarcação. Embora faça parte da base de apoio do governo Lula, o deputado federal Aldo Rebelo, do PCdoB, mostrou-se um dos críticos mais vigorosos da reserva nos moldes em que foi delineada. Raposa-Serra do Sol reúne artigos e entrevistas sobre o tema. Rebelo argumenta que a reserva nem sequer atende às necessidades dos índios. "Advogo a ideia do índio protagonista em lugar do índio vítima", diz.

EU MATO, de Giorgio Faletti (tradução de Eliana Aguiar; Intrínseca; 536 páginas; 39,90 reais)
• O italiano Giorgio Faletti, de 59 anos, já foi chamado de inventor do "thriller-spaghetti" – uma referência aos faroestes-spaghetti de seu compatriota Sergio Leone. Ex-ator cômico e músico, Faletti abraçou o apelido com um orgulho bem-humorado. Livro de estreia do autor, Eu Mato já foi traduzido para mais de vinte línguas e vendeu 4 milhões de exemplares na Itália. É um perfeito vira-página – leve, envolvente, muito divertido. A história tem lugar em Monte Carlo, capital do principado de Mônaco. É lá que um serial killer começa a agir – suas primeiras vítimas desfiguradas são um piloto de Fórmula 1 americano e sua namorada. O assassino sempre deixa a frase "eu mato", escrita com sangue, na cena do crime – e anuncia cada morte, por meio de enigmas, em telefonemas para um radialista popular de Monte Carlo. Leia o trecho.


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