Radar
Governo Doações interrompidas Para evitar problemas Brasil Dirceu e o... Olodum Eleições Pré-campanha a mil Muy amigos Congresso Como sair dessa? Fichas no Senado Obama é "o cara" para os deputados Luxo Economia Eu compro Medo dos chineses Vivo passa Oi Gente Cameron vem aí Televisão Ano novo, traço velho Te cuida, Edir Macedo
Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência mandou suspender toda a coleta de donativos para o Haiti. Obstáculos de logística impedem o transporte do material.Gustavo Miranda/Ag. O Globo Prevenido
Minc: sua mulher pediu demissão antes da decisão da Comissão de ética
Sem alarde, Carlos Minc se antecipou e livrou-se de um constrangedor processo na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Em dezembro, a comissão abriu um "procedimento ético disciplinar" contra o ministro por suspeita de nepotismo cruzado. Em resumo, Minc contratara para o Ministério do Meio Ambiente uma assessora da deputada petista Cida Diogo. Em troca, Cida aninhara a mulher do ministro em seu gabinete. No meio da investigação, ambas deixaram o emprego. Na semana passada, o processo foi arquivado.
Na semana passada, acredite, José Dirceu estava em busca de empresários que pudessem dar algum dinheiro para o Olodum, o grupo de percussão mais célebre da Bahia. Dirceu batuca em todas. Até no Olodum.
No início do mês, José Serra reuniu seu grupo tucano de confiança para ouvir uma detalhada exposição de uma pesquisa eleitoral encomendada ao sociólogo e marqueteiro Antonio Lavareda. O encontro no Palácio dos Bandeirantes durou quase três horas. O resultado da pesquisa não agradou a Serra.
Os recentes rumores sobre uma possibilidade de José Serra desistir da corrida presidencial não foram coisa (apenas) de adversários. Vários tucanos ligados a Serra trataram de propagar essa onda.
A disputa em torno do projeto que reduz a jornada de trabalho semanal de 44 para quarenta horas tem deixado os deputados desorientados. Eles ouvem tanto de trabalhadores quanto de empresários rigorosamente a mesma ameaça: "Deputado, não esqueça que neste ano tem eleição". Decisão delicada, essa: os trabalhadores podem lhes garantir votos; os empresários, o dinheiro para obtê-los.
Nem os próprios empresários, contudo, acreditam que conseguirão impedir na Câmara a aprovação, em pleno ano eleitoral, do projeto que reduz a jornada de trabalho. Para eles, a esperança é o Senado. Como pelo menos um terço dos 81 senadores são empresários, seria preciso buscar poucos votos para derrubar a medida.
Se nos EUA Barack Obama sua para passar seus projetos no Congresso, entre os deputados brasileiros seu prestígio está em alta. Uma pesquisa inédita feita no início do mês pela consultoria Arko Advice constatou que apenas 6,6% dos deputados desaprovam sua administração (49,5% a aprovam e 39,6% a aprovam "em termos"). A intenção de Obama em regular o sistema financeiro é defendida por 74,3% dos 121 deputados, de dezessete partidos políticos, integrantes da elite parlamentar da Câmara.Fotos divulgação e Michel Filho/Ag. O Globo Pelos ares
Eike e sua troca anual de jatinho: sai o Legacy, entra o Gulfstream G550
De turbina nova
Eike Batista botou à venda o seu jato Legacy, quase novinho em folha (foi comprado há onze meses). Mais um sem-asa na praça? Não, em março chega ao Brasil um Gulfstream G550, o objeto do desejo de todos que ambicionam ter um jato executivo (Roberto Irineu Marinho tem um). Eike pagou 63 milhões de dólares pelo avião, capaz de transportar até dezoito passageiros. O brinquedo tem autonomia de voo para uma viagem São Paulo-Moscou sem escala.
A propósito, Eike Batista está de olho nos ativos brasileiros da Devon. A petroleira americana decidiu dar bye bye ao Brasil, e Eike quer os blocos de exploração de petróleo e gás da companhia.
Nos bastidores, o governo tem incentivado empresas brasileiras do setor a comprar áreas de exploração pertencentes a companhias estrangeiras que querem se desfazer do que possuem. Além da Devon, a norueguesa Statoil também quer vender parte dos ativos que tem por aqui. A preocupação seria o apetite chinês por essas áreas.
A Vivo passou a valer 21,2 bilhões de reais na semana passada. Assumiu, assim, a dianteira em valor de mercado entre as telefônicas. O posto era ocupado pela Oi, que vale 20,3 bilhões de reais. Três anos atrás, Oi e Brasil Telecom juntas valiam 26,3 bilhões de reais, contra 17,6 bilhões de reais da Vivo.
James Cameron, diretor de Avatar, vem ao Brasil no fim de março para dois eventos promovidos pela Seminars: um, em Manaus, sobre sustentabilidade; e outro, em São Paulo, onde falará para a turma da área cinematográfica.
Em janeiro, segundo o Ibope, a audiência da TV Brasil entre 7 da manhã e meia-noite foi de 0,7 ponto. A TV de Lula continua, portanto, uma emissora à procura de telespectadores.Claudio Rossi TV é dinheiro
R.R. Soares: dos templos para a televisão
O pastor R.R. Soares está prestes a deixar o horário nobre da Band, emissora da qual há anos compra algumas horas na programação noturna, mas não largará a televisão. Agora, ele tem a própria. Está investindo numa TV por assinatura "para toda a família", cujos pacotes de programação são oferecidos aos fiéis em seus templos. A Nossa TV terá "canais exclusivos desenvolvidos" por R.R. com programação evangélica, além, claro, de canais infantis, de esportes, filmes, documentários e notícias.Casamento de conveniência
Ed Ferreira/AE Estilo trator
Lula: esperando o momento para agir
A campanha de Dilma Rousseff espera que em abril as pesquisas mostrem um empate dela com José Serra. Esse seria, segundo alguns integrantes da cúpula, o mote para um movimento calculado que será feito por Lula: com o bom desempenho de Dilma debaixo do braço, o presidente vai redefinir as condições da aliança com o PDMB. Lula dirá que o partido é fundamental para a vitória de Dilma, fará juras de amor eterno, mas imporá algumas condições nas alianças estaduais - em benefício dos petistas, claro.