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Eleições Vice, não Alckmin articula para Serra Amarelando em Minas Itamaraty Relações fundamentais Economia Essa a Petrobras perdeu Sem corte de zeros Brasil Um país classe C Cinema Barretão em Brasília Com Paulo Celso Pereira
Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br
No dicionário dos políticos não existe o adjetivo impossível. Mas quem ouve Aécio Neves na intimidade custa a acreditar que ele possa mudar os seus planos e topar ser vice de José Serra. Como disse Aécio na sexta-feira a um interlocutor: "Às vezes, em política, as coisas são até o que parecem ser: serei candidato ao Senado".
Geraldo Alckmin, quem diria, tem sido um dos principais articuladores para levar o PTB para a chapa de José Serra, seu ex-desafeto. Os dois inclusive já se reuniram com integrantes da cúpula petebista.
O PT mineiro está amarelando. Além da possibilidade de se aliar a Hélio Costa, ele agora discute a oportunidade de lançar José Alencar para a corrida ao governo de Minas Gerais, ficando o partido com o posto de vice na chapa. A chance de Alencar entrar nessa é quase nula.Afinidades econômicas
Fotos Marcos Arcoverde/AE e Carol do Valle Admiração
Dilma e Delfim: a ministra-candidata gostaria de conversar mais com o ex-ministro
Em conversas privadas, Dilma Rousseff tem feito elogios a Delfim Netto. Diz que "gostaria de falar mais" com ele sobre economia. "Delfim é um intelectual respeitável", resume, deixando pragmaticamente diferenças políticas de lado - ele era ministro de Garrastazu Médici quando ela estava presa. Mais: Dilma afirma que concorda com um mantra que, sob inspiração de J.M. Keynes, Delfim adora repetir: "Quem faz o desenvolvimento é o setor privado, quem corre os riscos atrás do lucro é o empresário, que é quem tem o espírito selvagem que se realiza produzindo, abrindo mercados, inovando". Que assim seja.
O Itamaraty decidiu criar mais cinco embaixadas: as do Burundi, Serra Leoa, Chipre, Mianmar e Albânia. Isso é que é compreensão dos grandes interesses nacionais brasileiros.Samir Batista Agenda cheia
Dirceu: ajudando Dilma, de volta à cúpula do PT e falando em nome de Lula em Lisboa
A missão de Dirceu
Pouco antes do anúncio da compra de parte da cimenteira portuguesa Cimpor pela Votorantim, José Dirceu circulou em Portugal discutindo o negócio em nome do governo brasileiro. Reuniu-se com o comando da Cimpor e com representantes do governo português. Nesses encontros, Dirceu disse que o governo Lula não tinha preferência por nenhum grupo brasileiro - àquela altura, a Cimpor era disputada também pela CSN e pela Camargo Corrêa. Definitivamente, Dirceu está em todas.
Além de falar com a Shell, com a qual acabou fechando uma sociedade na segunda-feira passada, a Cosan andou conversando com a Petrobras Distribuidora. Havia uma articulação no governo, envolvendo inclusive Dilma Rousseff, para que o negócio saísse. Lula também era a favor. Mas a burocracia governamental tornou as conversas lentas e a Shell foi mais rápida.
A propósito das novas notas de real que vêm por aí, é a primeira vez nos últimos 68 anos que o Brasil muda a família de cédulas sem alterar o nome da moeda ou cortar zeros. Ou seja, sem alterar o padrão monetário.
A classe C, a nova classe média brasileira, voltou a crescer e aparecer. Entre 2003 e setembro de 2008, 31 milhões de brasileiros ascenderam à classe C. Com a marolinha, 0,5% deles retornaram a um patamar abaixo. Agora, a boa-nova que será anunciada nos próximos dias pelo pesquisador Marcelo Néri, da FGV/RJ: entre setembro e dezembro de 2009, mais 2,6 milhões de brasileiros ascenderam à classe média.
Diante do fracasso de Lula, o Filho do Brasil, Luiz Carlos Barreto parece ter revisto a aposentadoria anunciada em novembro. Na semana passada, Barretão foi com a filha Paula ao gabinete de três ministros para tratar de pelo menos dois novos projetos.Divulgação De arma na mão
Wagner Moura: vem mais polêmica por aí
Governador corrupto
Uma das cenas de Tropa de Elite 2 filmadas há duas semanas está destinada a causar barulho. Nela, Wagner Moura, na pele do Capitão Nascimento, depõe numa CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, lá pelas tantas, brada: "Neste estado, o chefe de polícia é corrupto, o governador é corrupto!". Como o filme acaba em 2006, a dupla Anthony e Rosinha Garotinho (que governou o Rio entre 1999 e 2006) tem tudo para odiar o longa, que estreia em setembro.