Saturday, January 30, 2010

Radar


Lauro Jardim
ljardim@abril.com.br

Governo

Boa-nova para Alencar
Os exames a que José Alencar se submeteu na terça-feira passada no Hospital Sírio-Libanês constataram que o tamanho de seu tumor diminuiu 5%. É a terceira redução consecutiva desde novembro.

Serra e Lula
Na tarde de quinta-feira, José Serra telefonou para o seu médico, Roberto Kalil. Queria saber notícias sobre o estado de saúde de outro paciente, Lula. "Diga a ele para se cuidar", receitou Serra.

Uma ponte chamada Carvalho
Em 2009, Lula e José Dirceu se encontraram algumas poucas vezes e falaram outras tantas pelo telefone. O responsável, tanto na montagem da "operação encontro secreto" quanto no meio de campo para os telefonemas acontecerem, foi o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.

Em qual Lula acreditar?

Destinos
Costa: Lula o quer ao mesmo tempo vice de Dilma e governador de Minas


Qualquer conversa de político, mesmo privada, não deve ser comprada pelo seu valor de face. Na semana passada, Lula deu um exemplo disso. Numa conversa com um importante político paulista, na segunda-feira, disse que faria de tudo para convencer o petista Fernando Pimentel a desistir de disputar o governo de Minas Gerais para abrir caminho para o peemedebista Hélio Costa. Dois dias depois, o mesmo Lula, agora numa conversa com um dos mais eminentes congressistas do Nordeste, afirmou com todas as letras que Costa seria a melhor alternativa peemedebista para ser vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff.

Congresso

Pablo Valadares/AE
Barriga vazia
Vaccarezza: se tudo der certo, um feliz integrante da bancada dos ex-gordos

Mais um neomagro
Depois de Demóstenes Torres, Heráclito Fortes e Ideli Salvatti, quem promete ser o próximo integrante da eclética bancada dos neomagros é o novo líder do governo, Cândido Vaccarezza.Há duas semanas, o petista colocou um balão no estômago. Desde então, perdeu 10 de seus 135 quilos.

Eleições

Marina quer, Penna não quer
Marina Silva já disse que quer Guilherme Leal, um dos controladores da Natura, como o seu companheiro de chapa na eleição. Leal, inclusive, a tem acompanhado com mais frequência nos eventos e nas conversas políticas. Beleza. O problema é que o presidente do PV e outras figuras da cúpula verde querem porque querem que o vice seja Roberto Klabin, do conselho de administração da Klabin Papel e Celulose. Quem vencerá a parada? Esse será um bom indicador de quem vai mandar na campanha.

A tevê é da Dilma
Se nada mudar no desenho das alianças partidárias para as eleições, Dilma Rousseff caminha para ter 66% do tempo total de propaganda eleitoral na televisão no primeiro turno. No segundo, se houver segundo, a divisão será meio a meio: dez minutos diários para cada um.

Nem um nem outro
Num almoço na semana passada no Rio de Janeiro, Dilma Rousseff resumiu sua visão em relação à presença do estado na economia. "Nem o estatismo do Geisel e nem os exageros privatistas dos últimos governos", disse Dilma.

Espetos e afagos
Enquanto está sendo espetado pelo vodu petista de um lado, Michel Temer é afagado pela oposição pelo outro. Gilberto Kassab já procurou Temer em nome de José Serra.

Não, não e não
O desejo da quase totalidade dos tucanos (e da oposição em geral) é forte, e as pressões também, mas até agora ninguém conseguiu ouvir de Aécio Neves em conversas privadas que ele pelo menos admita a hipótese de ser vice de José Serra. Ainda assim, até a última hora Aécio será pressionado.

Minas é fundamental
Aécio Neves tem repetido aos mais próximos que o seu objetivo é eleger o futuro governador de Minas Gerais - e, de lá, ajudar Serra a vencer Dilma. Além, é claro, de eleger-se senador. Se Serra triunfar, segundo o raciocínio que costuma expor nessas conversas, liderará as articulações do governo no Senado, com a força de ter eleito um governador. E se Dilma vencer? Nessa hipótese, Aécio acha que será o líder da oposição. Tanto num como no outro cenário, vencer em Minas é fundamental.

Economia

Nos tempos do supervarejo
Um grande negócio em curso que pode esquentar mais ainda a guerra do varejo é a compra do Carrefour na América Latina pelo Walmart. As conversas estão em andamento. Juntas, as cadeias francesa e americana faturam no Brasil o equivalente às receitas do Pão de Açúcar e Casas Bahia somadas - ou seja, cerca de 40 bilhões de reais por ano.

Te cuida, Vale
Edison Lobão finaliza um novo marco regulatório para o setor de mineração. Deve ser entregue a Dilma Rousseff ainda em fevereiro. Para desespero da Vale, MMX e outras, vai aumentar a taxação do minério.

Saúde

Jovens pesam menos
Nos últimos dez anos caiu a participação de jovens de até 18 anos nos planos de saúde. A redução de 5,3% entre 2000 e 2009 deve-se, segundo pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, à acentuada queda da taxa de natalidade do país entre as famílias com maior escolaridade - que são as principais clientes das seguradoras.

Fórmula 1
Fora das pistas
É praticamente nula a chance de a Petrobras voltar a patrocinar alguma equipe de Fórmula 1 nesta temporada. O objetivo principal da estatal com o patrocínio é o desenvolvimento de novos tipos de gasolina e de óleos junto com a escuderia. Nesse tópico, as negociações goraram. Quanto ao segundo objetivo - dar visibilidade à marca -, a Petrobras estima que já o alcança com o patrocínio das corridas nas transmissões da Globo, pelo qual, aliás, pagou 56 milhões de reais neste ano.

Música

Apelo evangélico
A Sony Music, a maior gravadora brasileira, está entrando com os dois pés no mercado de música evangélica, o que mais cresce no Brasil e o que menos sentiu o efeito da crise que esmaga a indústria fonográfica. Contratou um executivo, Maurício Soares, que trabalhava na gravadora do pastor R.R. Soares, e agora parte para montar um elenco de pelo menos quinze artistas evangélicos. O primeiro deles é Regis Danese, que, na Line Records, pertencente ao bispo Edir Macedo, vendeu quase 1 milhão de CDs no ano passado.

Televisão

Faturamento gordo
A Rede Globo fechou 2009 com um crescimento de 6,8% em seu faturamento, comparado com 2008. No total, suas receitas foram de 7,7 bilhões de reais.

Xuxa até 2012
Na virada do ano, Xuxa renovou seu contrato com a Globo por mais três anos.

Futebol

Miguel Schincariol/Perspectiva/AE
Barriga cheia
Ronaldo: o patrocínio do seu uniforme vale mais do que o de quase todos os times brasileiros

No clube dos sete
Se Ronaldo Fenômeno fosse um time, seria hoje o sétimo que mais fatura em patrocínio no futebol brasileiro. Do patrocínio total que o Corinthians recebe por ano, 10 milhões de reais são repassados para o seu camisa 9 (isso, fora o seu salário). Ou seja, depois do próprio Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Vasco e Atlético Mineiro, quem mais lucra para estampar as grandes marcas nos uniformes é Ronaldo.

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