Friday, October 31, 2008

As bobagens de Lula e a crise

As bobagens de Lula e a crise 1 - Presidente pede mudança do sistema financeiro e critica FMI e Banco Mundial
Da France Presse. Comento no post seguinte:
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um apelo nesta sexta-feira em Havana a uma mudança do atual sistema financeiro internacional, e a "tirar proveito" da crise, em vez de "ficar chorando".
"Uma coisa eu posso garantir: o resultado desta crise é que nós, ao invés de ficar chorando por, precisamos tirar proveito", disse Lula, na presença do presidente cubano Raul Castro, ao participar da assinatura de um acordo no setor petroleiro entre os países.
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Lula, que realiza uma visita de menos de 24 horas a Cuba, acrescentou que "teremos que mudar o sistema financeiro internacional". O FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial "têm que mudar, porque da maneira que estão funcionando, de nada servem", destacou.
O presidente brasileiro considerou ser "necessário que as economias dos países ricos e dos países pobres possam regular o sistema financeiro internacional". "Não é possível que todos nós sejamos regulados e o sistema financeiro não tenha nenhuma regulação", apontou Lula.
Ele acrescentou que "o paradoxo" desta crise é: "os países ricos, que durante décadas determinaram a lógica econômica do mundo, são agora muito dependentes dos países emergentes — os de economia mais controlada e que tem o sistema financeiro mais organizado e um mercado interno capaz de alavancar o desenvolvimento".


As bobagens de Lula e a crise 2 – Os cantos de glórias do estatismo
O pior da crise, claro, é... a crise!, os seus efeitos práticos sobre a economia, o crescimento menor, isso tudo que sabemos. Mas há um outro aspecto que poderia ser chamado de “cultural” ou “intelectual”: as bobagens que esquerdistas estão dizendo mundo afora.

Ontem, Lula criou uma oposição bucéfala entre mercado e estado. Segundo ele, o primeiro fez o que bem quis e, agora que a crise chegou, foi preciso apelar ao segundo. Se o raciocínio tivesse um corolário — soubesse Lula o que é isso e se preocupasse com a coisa —, seria este: quanto mais estado na economia, mais riqueza e estabilidade nós teremos. Bem, a história demonstra o quanto isso é verdadeiro, não é mesmo?

Apedeutakoba fala como se ele também não tivesse sido beneficiário do que chama agora de “vícios de mercado”, integrando a corrente cretina dos que acreditam que a história, de vez em quando, só se realiza como erro, como se contrariasse alguma lei divina, estabelecida no empíreo, ou alguma lei natural, determinada pela matéria. E, nessa lei divina, há um estado forte.

Quer dizer que a facilidade de o capital transitar de um lado para outro do planeta, vindo, inclusive, buscar oportunidades no Brasil, não favoreceu em nada a gestão de Sua Excelência? A vitalidade das chamadas economias emergentes está descolada do que acontecia nos países ricos? Por que Lula não saiu atirando contra o sistema financeiro antes? Ora, porque ele também surfava na onda, certo?, e daí decorre grande parte do seu prestígio.

O que Apedeutakoba está fazendo é gritando: “Não tenho nada com isso. A culpa é deles”. De fato, Lula não responde pessoalmente pela crise como não respondeu pessoalmente pelo crescimento econômico. É a Blanche DuBois da ciranda — dependendo da boa vontade de estranhos (e, vamos ver, da má também). O que há de interessante é que, no passado, quando ele era oposição, fazia crer que as crises externas nasciam todas por obra de FHC...




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