Saturday, June 05, 2010

VEJA Recomenda e Os mais vendidos


DVDs

JOHNNY CASH: MAN IN BLACK (Estados Unidos, 2005. Music Brokers)

Jan Persson/Getty Images
DVD
Johnny Cash: as aventuras que não foram contadas em Johnny & June

• O cantor e compositor Johnny Cash (1932-2003) é um dos principais nomes da música americana. Igualmente influente no rock, no folk e no country, ele serviu de modelo para artistas como Bob Dylan e Bono Vox. Cash passou por longos períodos de relativa obscuridade. Reapareceu nos anos 90, em uma participação especial no disco Zooropa, do U2, e na sérieAmerican Recordings, na qual cantava rock contemporâneo. Após sua morte, a fama de Cash foi reaquecida com a cinebiografia Johnny & June, que enfocava seu tempestuoso relacionamento com a cantora June Carter. O documentário Man in Black vai além do filme. Revela mais detalhes sobre a infância do cantor e sobre sua participação na Guerra da Coreia, quando teve como missão decodificar mensagens secretas. Também mostra sua luta pelos direitos dos índios americanos. O documentário falha em não trazer mais entrevistas do próprio Johnny Cash (suas aventuras são contadas por amigos e admiradores). Também poderia incluir mais músicas – mas esse problema é compensado: o DVD é acompanhado de um CD com sucessos como Folsom Prison Blues e I Walk the Line.

MALDITO FUTEBOL CLUBE (The Damned United, Inglaterra/Estados Unidos, 2009. Sony)

Everett Collection/Grupo Keystone
DVD
Maldito Futebol Clube: o ator Michael Sheen mata no peito

• Não é preciso conhecer o futebol inglês (aliás, nem é necessário gostar de futebol) para apreciar este filme alegre e divertido sobre uma das figuras mais folclóricas do esporte – o técnico Brian Clough (Michael Sheen), que, graças ao seu tino para a inovação, levou o Derby County, no início dos anos 70, da obscuridade para o topo da primeira divisão. Inimigo figadal do técnico Don Revie (Colm Meaney), este do então eterno campeão Leeds United, o ebuliente Clough era o tipo de sujeito que falava o que lhe dava na telha, não resistia a uma briga e adorava um holofote. Gostava tanto, aliás, que em 1974 deu um péssimo passo: assumiu o Leeds no lugar do rival Revie. Foi hostilizado pelos jogadores, caiu em desgraça e, em 44 dias, perdeu o emprego e também a amizade de seu fiel preparador físico (Timothy Spall) – a qual teve de recuperar pondo-se de joelhos diante do amigo. A ascensão, queda e volta por cima do protagonista são contadas com agilidade por Peter Morgan, roteirista de A Rainha, e Tom Hooper, diretor da minissérie John Adams. Quem brilha mesmo, porém, é Michael Sheen, irresistível no papel de Clough – e não por acaso o ator mais requisitado hoje no cinema inglês.


LIVROS

A TRILOGIA DO AMOR, de Betty Milan (Record; 240 páginas; 37,90 reais)

• Betty Milan foi aluna e paciente do psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), provavelmente o intérprete mais original do legado de Sigmund Freud. Essa formação transparece no modo como a psicanalista paulista e colunista de VEJA compõe sua obra de ficção. Seus personagens procedem a investigações destemidas pelos desvãos mais obscuros do inconsciente, e o instrumento para chegar a essas profundidades é, como ensina a psicanálise lacaniana, a palavra. A Trilogia do Amor reúne três romances breves da autora: O Sexophuro (1981), A Paixão de Lia (1994) e O Amante Brasileiro (2003). Agrupadas em um só volume, as três obras revelam seu parentesco subterrâneo. Todas são protagonizadas por mulheres em busca de uma sempre elusiva realização erótica. Nos dois primeiros romances, as personagens só encontram saída pela fantasia, ao passo que O Amante Brasileiro, fechando a trilogia em nota mais otimista, traz uma história de amor pleno – ou, pelo menos, pleno até onde é possível.

HENDERSON, O REI DA CHUVA, de Saul Bellow (tradução de José Geraldo Couto; Companhia das Letras; 416 páginas; 58 reais)

Ed Quinn/Corbis/Latinstock
LIVRO
Saul Bellow: uma crônica da vida americana – que se passa na África

• Nascido no Canadá e radicado em Chicago aos 9 anos, Saul Bellow (1915-2005) tornou-se um dos grandes cronistas da vida americana na segunda metade do século XX. dE a qualificação merece ser mantida mesmo neste livro tragicômico, em que grande parte da ação tem lugar na África. Henderson, afinal, é um personagem típico de Bellow: um americano adulto, rico, culto, que no entanto vive em um estado de irredutível beligerância com a mediocridade que o cerca. Veterano da II Guerra, ex-fazendeiro que criava porcos, duas vezes casado e divorciado, Henderson sente falta de um propósito superior na vida. Vai buscá-lo no coração selvagem da África. Entra em contato com duas tribos, os Arnewi, amistosos, e os Wariri, indômitos. É uma África exótica e meio farsesca a que figura neste romance. No entanto, serve perfeitamente para encenar, de forma irônica, o drama do choque de culturas. Um dos melhores e mais divertidos livros de Bellow, Henderson foi publicado no Brasil nos anos 70, mas andava esgotado havia décadas. Esta nova tradução é, portanto, muito oportuna, em particular em razão do trabalho preciso e elegante de José Geraldo Couto.

DISCO

BACKYARD JAM, Ari Borger Quartet (GRV)

Divulgação
DISCO
Ari Borger: teclado Hammond com suingue brasileiro

• O Brasil é pródigo em bons pianistas. Conta com talentos eruditos, como Guiomar Novaes e Nelson Freire. Grandes nomes da MPB, como César Camargo Mariano e André Mehmari, também adotam o piano. O paulistano Ari Borger, de 39 anos, possui qualificações para integrar esse hall da fama. A diferença é que, apesar de se inspirar no suingue de César Mariano, ele optou pelo piano elétrico e pelo teclado Hammond, muito usados por artistas do rhythm’n’blues americano (Borger, aliás, morou em Nova Orleans e se apresentou em algumas das casas tradicionais da cidade). Backyard Jam é o terceiro disco de seu grupo, completado pelos igualmente talentosos Humberto Ziegler (bateria), Marcos Klis (baixo) e Celso Salim (guitarra). O trabalho foi gravado ao vivo, sem maquiagens de estúdio. Tem como novidade uma maior influência da música brasileira, patente sobretudo em Baião Psicodélico, Partido Alto e na faixa-título (as duas últimas, aliás, trazem até tamborim). Mas no disco há também um belo blues,Rainy Day, e a releitura de Norwegian Wood, dos Beatles.

OS MAIS VENDIDOS

Clique aqui para acessar a lista estendida de livros mais vendidos

[A|B#]
A] posição do livro na semana anterior
B] há quantas semanas o livro aparece na lista
#] semanas não consecutivas

Fontes: Balneário Camboriú: Livrarias Catarinense; Belém: Laselva; Belo Horizonte: Laselva, Leitura; Betim: Leitura; Blumenau: Livrarias Catarinense; Brasília: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva; Campinas: Cultura, Fnac, Laselva; Campo Grande: Leitura; Caxias do Sul: Saraiva; Curitiba: Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Saraiva; Florianópolis: Laselva, Livrarias Catarinense, Saraiva; Fortaleza: Laselva, Saraiva; Foz do Iguaçu: Laselva; Goiânia: Leitura, Saraiva; Governador Valadares: Leitura; Ipatinga: Leitura; João Pessoa: Saraiva; Joinville: Livrarias Curitiba; Juiz de Fora: Leitura; Londrina: Livrarias Porto; Maceió: Laselva; Mogi das Cruzes: Saraiva; Navegantes: Laselva; Petrópolis: Nobel; Piracicaba: Nobel; Porto Alegre: Fnac, Cultura, Livrarias Porto, Saraiva; Recife: Cultura, Laselva, Saraiva; Ribeirão Preto: Paraler, Saraiva; Rio de Janeiro: Argumento, Fnac, Laselva, Saraiva, Travessa; Salvador: Saraiva; Santa Bárbara d’Oeste: Nobel; Santo André: Saraiva; Santos: Saraiva; São Paulo: Cultura, Fnac, Laselva, Livrarias Curitiba, Livraria da Vila, Martins Fontes, Nobel, Saraiva; Sorocaba: Saraiva; Vila Velha: Saraiva; Vitória: Laselva, Leitura; internet: Cultura, Fnac, Laselva, Leitura, Nobel, Saraiva, Submarino.

Blog Archive