Saturday, April 17, 2010

Carta ao Leitor


Aberta a temporada

Epitacio Pessoa/AE
Um deles vai ser presidente em 2011, herdando um Brasil democrático e de economia exuberante


O governo com Dilma Rousseff e a oposição com José Serra colocaram as cartas na mesa e a campanha presidencial de 2010 disparou. Dilma foi capa de VEJA há dois meses e Serra publicou um artigo na mesma edição. Agora, VEJA traz Serra na capa e publica um artigo escrito por Dilma. A partir desta edição, VEJA intensificará a cobertura da que será uma das eleições mais cheias de significados da vida republicana brasileira. O pleito de outubro coincide com os 25 anos da redemocratização e inaugura um Brasil pós-Lula. A eleição presidencial deste ano dá-se ao cabo de dezesseis anos de estabilidade monetária, crescimento econômico sem inflação, desenvolvimento e aumento da racionalidade em quase todas as esferas da vida nacional.

O Brasil atingiu um inédito estágio de maturidade institucional que, aliado ao excelente momento econômico, fez do país um atrator irresistível de capitais externos saudavelmente direcionados em maior volume para a atividade produtiva do que para a especulação. Mantidas essas condições objetivas até janeiro de 2011 – e não há razão para que elas se deteriorem –, nenhum outro presidente terá subido a rampa do Palácio do Planalto em circunstâncias mais favoráveis.

O vencedor das eleições será sábio se aproveitar o empuxo positivo para lançar-se com ímpeto na implementação das reformas essenciais capazes de transformar o que é uma fase virtuosa numa conquista permanente. Há muito que fazer para isso virar realidade. Fica-se aqui com as duas frentes principais. O governo federal precisa copiar bons exemplos dados por alguns estados e passar a ser gerido com muito maior eficiência, competência e transparência e, portanto, com maiores benefícios e menor custo para os brasileiros que trabalham e pagam impostos. O mundo político terá de se submeter logo a um ordenamento novo capaz de afastar os corruptos e voltar a atrair para o meio os melhores brasileiros. Dilma ou Serra, como se vê, terá a partir de 2011 doses igualmente inebriantes de oportunidades e desafios.

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