VEJA Recomenda
LIVRO
O SOM DA MONTANHA, DE YASUNARI KAWABATA (TRADUÇÃO DE MEIKO SHIMON; ESTAÇÃO LIBERDADE; 344 PÁGINAS; 53 REAIS)
Prêmio Nobel de Literatura de 1968, o japonês Yasunari Kawabata sabia explorar de forma ao mesmo tempo sensível e impiedosa as angústias de homens velhos às voltas com uma pulsão sexual que não se submete à ditadura do decoro convencionalmente exigido pela idade. Tal é o drama de Eguchi, protagonista de A Casa das Belas Adormecidas, e também de Shingo Ogata, o patriarca de O Som da Montanha. Ogata, como tantos personagens de Kawabata, é um esteta, fascinado pela beleza das paisagens, dos pássaros – e de uma jovem
nora. Nas reflexões do personagem, surge às vezes a ideia de suicídio. O próprio Kawabata matou-se, em 1972, aos 72 anos.
Os mais vendidos em 2009
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DVD
MORE THAN THIS: THE STORY OF ROXY MUSIC (ST2)
Brian Cooke/Getty Images
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Conhecido no Brasil pela balada Avalon e pelo trabalho-solo do elegante vocalista Bryan Ferry, o Roxy Music está entre os inovadores do pop britânico – tanto na música como no visual. Desenvolveu um estilo musical único, que trazia rocks experimentais combinados a rhythm’n’blues, e tinha um figurino ousado para os anos 70, fruto da colaboração com o estilista Antony Price. Pelo Roxy passaram grandes músicos, como Brian Eno, que mais tarde seria produtor dos melhores álbuns do U2. O documentário conta a história da banda, com depoimentos de críticos, jornalistas e músicos. O DVD traz, no bônus, um show revival do Roxy Music, na Inglaterra, em 2006.
DISCOS
PIQUENIQUE, Ed Motta (Trama)
Lailson Santos
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Ed Motta voltou a ser Ed Motta. Um dos mais celebrados artistas do soul brasileiro, nos últimos anos ele abandonou as pistas de dança para lançar trabalhos calcados no jazz, no rock e até nas canções de musicais americanos. Eram bons discos, mas não chegavam ao nível de excelência das incursões de Motta pelo soul e funk. Em Piquenique, o cantor trabalha com dois colaboradores importantes. O primeiro é o cantor e instrumentista Silvera, coprodutor do CD. A outra ajuda vem de Edna Lopes, mulher de Motta, que aqui faz sua estreia como letrista.Piquenique, como o próprio disco sugere, é um trabalho solar, ideal para ouvir em festas ou no carro. Mensalidade e Pé na Jaca, com seu casamento de ritmos da década de 70 e sonoridades modernas, são pontos altos do álbum.
THE ELEMENT OF FREEDOM, Alicia Keys (Sony)
Ethan Miller/Getty Images
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A cantora e compositora americana Alicia Keys soube encontrar um meio-termo entre as produções modernas de música negra e o neo-soul – um gênero cujos artistas pregam a volta da sonoridade dos anos 60 e 70. Neste quarto álbum, Alicia trabalha com o melhor do R&B contemporâneo, como Beyoncé (as duas cantoras duelam na faixa Put It in a Love Song) e Jay-Z. Seus dotes como pianista e seu esmero na produção de cada canção são dignos de um Prince – bem superiores aos da média dos astros da música negra contemporânea. As canções românticas sobressaem em The Element of Freedom (em oito delas, a cantora chora a perda de um grande amor). Mas a letra mais forte é de Empire State of Mind, que fala da crueldade das ruas pobres de Nova York.
LIVE AT THE ISLE OF WIGHT 1970, Leonard Cohen (Sony/BMG)
Hans Jurgen Dibbert/Getty Images
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Na madrugada de 31 de agosto de 1970, o canadense Leonard Cohen foi acordado pela produção do festival da Ilha de Wight, na Inglaterra. Sua missão: apaziguar uma turba de 600 000 pessoas, que tinha hostilizado Jimi Hendrix, a atração anterior, e botado fogo em um piano. Cohen, tímido que só ele, conseguiu aquietar a plateia. O concerto da Ilha de Wight foi gravado quase por acaso. O engenheiro de som Teo Macero estava ali para registrar a performance de Miles Davis e gravou também o show de Cohen. Para quem enfrentou uma plateia tão indócil, o compositor canadense fez um show e tanto. Estão ali belas versões de cavalos de batalha de seu repertório, como Bird on a Wire e Suzanne. O disco traz ainda um DVD que mostra parte da performance apaziguadora de Cohen.
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