Saturday, January 16, 2010

VEJA Recomenda e Os mais vendidos


CINEMA

A MENTE QUE MENTE
(The Great Buck Howard, Estados Unidos, 2008. Em cartaz desde sexta-feira)

Divulgação
CINEMA
A Mente que Mente: Malkovich como o mágico que não desiste de si, mesmo depois que os outros já fizeram isso


• Embora ainda se apresente com o título de "O Grande", Buck Howard (John Malkovich) é um mágico que já teve dias melhores: quando Johnny Carson era o titular doTonight Show, ele era uma das atrações mais festejadas do programa. Mas, ainda que tenha acabado no circuito de terceira categoria, Buck não perdeu a pose nem o dom de encantar a plateia com seu truque-assinatura: ao final de seus shows, manda que um espectador esconda toda a renda da noite; se não adivinhar onde ela está, ficará sem o dinheiro. Ele, porém, sempre adivinha, e não há quem descubra como. Trata-se de uma história pequena e sem pretensões, mas muito saborosa, sobre um homem que não desiste de si mesmo, ainda que todos já tenham desistido dele – e ao qual Malkovich, aqui em momento de afinação impecável, confere todas aquelas pequenas manias que tornam verossímil uma figura assim tão caricatural. O diretor Sean McGinly, aliás, sabe do que está falando: como o personagem que narra o filme, interpretado por Colin Hanks (filho de Tom Hanks, também produtor), ele foi assistente de um mágico em fim de linha. Não aprendeu a encontrar o dinheiro – mas a deleitar a plateia, isso sim.

Trailer

LIVROS

A ALMA DO VINHO (vários tradutores; Globo; 440 páginas; 48 reais)

• O vinho estava presente na última ceia de Cristo e nas bacanais romanas. Na cultura ocidental, não há bebida mais carregada de simbolismo. Esta antologia percorre, em quarenta textos de gêneros variados – contos, poemas, ensaios –, as mais diversas significações de que o vinho se revestiu ao longo dos séculos. Começa com o episódio do Gênese em que Noé toma um porre, dorme nu e depois amaldiçoa o filho que o viu nessa situação. O livro inclui clássicos conhecidos – como O Vinho, do francês Charles Baudelaire, e O Tonel de Amontillado, do americano Edgar Allan Poe – ao lado de algumas curiosidades mais obscuras, como a crônica em que o português Camilo Castelo Branco, o escritor romântico de Amor de Perdição, se enche de indignação patriótica para defender o vinho do Porto contra ataques de um articulista britânico que acusara a bebida lusa de conter "tóxicos anglicidas". Leia o trecho.

Oscar White/Corbis/Latinstock
LIVRO
William Maxwell: ele foi editor de Vladimir Nabokov
e John Updike – e também era um
ficcionista consumado

ATÉ MAIS, VEJO VOCÊ AMANHÃ, de William Maxwell (tradução de Vera Ribeiro; Alfaguara; 168 páginas; 32,90 reais)

• O americano William Maxwell (1908-2000) trabalhou quarenta anos como editor de ficção da revista The New Yorker. Por seu crivo, passaram textos de J.D. Salinger, Vladimir Nabokov e John Cheever, entre outros grandes nomes da literatura americana. "Muitos toques interessantes nos meus contos vieram de sugestões de Bill Maxwell", admitia John Updike. O editor era também um ficcionista consumado, como se nota em Até Mais, Vejo Você Amanhã, romance de 1980. A história começa com o assassinato de um meeiro, em uma fazenda do Illinois, na década de 20. Cinquenta anos depois, um menino que vivia naquela comunidade recorda sua amizade com o filho do assassino e tenta reconstituir as circunstâncias que levaram ao crime – nas quais se revela a ligação escandalosa entre dois casais de amigos. Leia o trecho.

DISCOS

BERNSTEIN: MASS, Marin Alsop e Sinfônica de Baltimore (Naxos)

Marco Brescia/AP
DISCO
A regente Marin Alsop: pupila de Leonard Bernstein, ela supera
o mestre na condução de sua Missa

• A Missa, de Leonard Bernstein, foi uma encomenda da ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy ao maestro e compositor americano. Ela estreou em 8 de setembro de 1971, na cerimônia de abertura do complexo John F. Kennedy for the Performing Arts, em Washing-ton. Bernstein criou um híbrido de gospel, música atonal, rock e cancioneiro da Broadway. Muito criticada na noite de estreia, hoje a Missa é reconhecida como uma das peças mais importantes de sua carreira. Em outubro de 2008, a regente americana Marin Alsop, que estudou com o compositor na década de 80, gravou sua versão da Missa. Marin, que virá neste ano ao Brasil para comandar a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), superou o mestre. Ela equilibra melhor os vários gêneros musicais da obra e conta com o excepcional talento do barítono Jubilant Sykes – atente para sua entrega em A Simple Song.

Divulgação
DISCO
Natasha Khan: muitas referências, mas
a música é pop até o fundo da alma

TWO SUNS, Bat for Lashes (EMI)

• Bat for Lashes é a banda de Natasha Khan. Nascida em Londres e com ascendência asiática (seu pai é paquistanês e ela não esconde que foi vítima de racismo na escola), Natasha formou-se em música e artes visuais. Seu trabalho abrange influências que vão do minimalista Steve Reich ao pós-punk de Siouxsie & the Banshees e ao pop tribal de Björk. Mas convém não se intimidar com tantas referências, pois as canções de Natasha são pop até o fundo da alma – como se pode notar em Daniel, o primeiro single a sair deste CD.Two Suns é um disco conceitual. Ele acompanha as desventuras de Pearl, alter ego da cantora, em busca de autoconhecimento. O tema pode render canções tribais, que combinam tambores e coro gospel (Traveling Woman e Peace of Mind), e outras em que ela mostra grande alcance vocal(Glass). Para arrematar, o dueto de Natasha e Scott Walker – ídolo de David Bowie – em The Big Sleep é realmente impactante.

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