Sunday, January 10, 2010

O sucesso de bilheteria de Avatar

O rei da cocada

James Cameron só tem um rival na bilheteria: James Cameron


Isabela Boscov

Divulgação
AO INFINITO E ALÉM
Avatar: no segundo lugar na bilheteria, mas ainda longe do campeão Titanic

O diretor James Cameron planejou a ficção científica Avatar como uma revolução – uma amostra de que o cinema em 3D está pronto para se tornar um formato utilizado em larga escala e, um dia, vir a substituir o 2D convencional. Serão necessários anos ainda para aferir se essa profecia vai se realizar. Mas a revolução tem uma imensa acolhida popular: com apenas vinte dias em cartaz, Avatar bateu em 1,132 bilhão de dólares arrecadados e saltou para o posto de a segunda maior bilheteria mundial (veja o quadro ao lado). Agora, porém, Cameron terá um rival literalmente à sua altura na disputa pela liderança: o próprio Cameron. Seu Titanic não apenas está cerca de 700 milhões à frente do segundo posto, como abriria distância bem maior ainda caso sua bilheteria fosse ajustada pela inflação – tomando-se como base só sua renda nos Estados Unidos, isso significaria uma elevação de seu total para algo como 2,2 bilhões.

Com apenas cinco integrantes, o "clube do bilhão" é restritíssimo: para alcançar tal cifra, é preciso suscitar antecipação extraordinária, cunhando o que hoje se chama de "filme-evento". De preferência, deve-se também partir de material já testado (por exemplo, continuações). Só Titanic e Avatar fogem a essa regra. Seguem outra, peculiar a Cameron: a oferta de uma experiência cinematográfica nunca antes vivida. Esse é um dos dois motivos pelos quais é impossível projetar uma renda final para Avatar. O outro é a própria exibição em 3D, que nos Estados Unidos responde por 75% da arrecadação do filme e, no Brasil, por metade dela (os ingressos são mais caros que para a versão 2D). Esse é um mercado novo. E, pela primeira vez, está sendo testado com um fenômeno de tal magnitude

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