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DISCOS
Kevin Winter/Getty Images | |
DISCO Bob Dylan, o cantor natalino: sinos, Papai Noel e letras em latim |
CHRISTMAS IN THE HEART, Bob Dylan (Sony Music; à venda com exclusividade na Livraria Cultura)
Judeu de nascimento, Bob Dylan converteu-se ao cristianismo no fim dos anos 70. Desde então, sua gravadora vinha fazendo pressão para que ele gravasse um disco de canções de Natal. O cantor e compositor finalmente cedeu: em Christmas in the Heart, Dylan interpreta quinze clássicos do repertório natalino americano. Os sinos da faixa de abertura, Here Comes Santa Claus, parecem sinalizar um disco bem tradicional. Nada disso: Dylan imprime sua ousada nota pessoal às músicas, como o andamento honky tonky típico de suas próprias composições, o acordeão em Must Be Santa e o clima havaiano em Christmas Island. Os coros que lembram a orquestra de Ray Conniff têm uma certa nota paródica – uma brincadeira do cantor. Dylan até se arrisca a cantar em latim, na introdução de O’ Come All Ye Faithfull (Adeste Fideles).
Fotos divulgação | DISCO |
RATED R, Rihanna (Universal)
Em fevereiro, a cantora Rihanna ganhou hematomas no rosto e páginas nas revistas de fofoca ao ser espancada por seu então namorado, o também cantor Chris Brown. Esse episódio deplorável rendeu um CD divertido: ainda que de forma disfarçada, Brown e seus sopapos são o tema de Rated R, quarto CD da artista caribenha. Rihanna não fala diretamente do assunto, mas joga pistas, que vão da capa, na qual tapa um dos olhos com a mão, como quem está com o rosto dolorido, às letras sobre romances malsucedidos – "Você agiu como um idiota", ela canta em Stupid in Love. O produtor The-Dream, que já fora responsável por Umbrella, grande hit da cantora, criou outra faixa dançante para o novo disco, Hard. O rapper e produtor will.i.am, do Black Eyed Peas, colabora na igualmente dançante Photographs.
Fotos divulgação | DISCO |
EVOLUÇÃO, Gurus (Independente)
Formado por instrumentistas de talento comprovado (o currículo da trupe inclui participações em discos e shows dos Paralamas do Sucesso), o quarteto carioca Gurus consolidou uma sonoridade competente e acessível, sem virtuosismos exibicionistas. E, como poucas bandas brasileiras hoje, sabe criar boas letras românticas, sem o chororô da voga emo. Evolução é o terceiro disco do grupo, que em 2003 emplacou a canção Até o Fim do Mundo na trilha de Malhação, da Rede Globo. O novo trabalho traz a participação de figurões do rock brasileiro da década de 80. Herbert Vianna, dos Paralamas, toca guitarra na balada A Vida É um Presente, e Carlos Maltz, ex-baterista dos Engenheiros do Hawaii, é autor da letra de Miss Sunshine Dance da Internet.
LIVROS
A CONSPIRAÇÃO CONTRA OS MÉDICI, de Marcelo Simonetta (tradução de Janaína Marcoantonio; Record; 280 páginas; 44,90 reais)
A mais poderosa família da Florença renascentista, os Médici sofreram um atentado brutal em abril de 1478: Giuliano de Médici e seu irmão Lourenço foram atacados por uma gangue armada com facas. Giuliano saiu ferido e Lourenço morreu. A conspiração sempre foi atribuída a uma família rival, os Pazzi. Doutor em estudos da Renascença por Yale, Simonetta descobriu uma trama mais complicada: encontrou, em um arquivo privado, uma carta cifrada de Federico de Montefeltro, duque de Urbino, ao papa Sisto IV. Os dois conspiravam para matar os irmãos Médici e colocar os Pazzi, mais manipuláveis, no poder em Florença. O livro detalha a conspiração e suas consequências para a arte e a política desse período fascinante. Leia o trecho.
CABEZA DE VACA, de Paulo Markun (Companhia das Letras; 288 páginas; 42 reais)
Menos conhecido que exploradores contemporâneos como Colombo ou Pizarro, o espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1490-1560) teve, no entanto, uma vida digna de um folhetim de aventuras. Depois de lutar em guerras na Itália, embarcou em uma expedição à América, em 1528. Sobreviveu a três naufrágios, viveu entre os índios e percorreu a pé vastas extensões do que hoje são os Estados Unidos e o México antes de retornar à Espanha. Na sua segunda excursão americana, em 1541, quando foi nomeado governador do Rio da Prata, fez outra extensa caminhada – do litoral catarinense até Assunção. O jornalista Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, cotejou os relatos do próprio Cabeza de Vaca com documentos da época para compor um perfil envolvente desse aventureiro e de seu tempo. Leia o trecho.
CINEMA
Divulgação | CINEMA |
É PROIBIDO FUMAR (Brasil, 2009. Estreia no país na próxima sexta-feira)
Baby é quarentona, mora no apartamento que herdou da mãe, dá umas aulinhas de violão, vê TV e fuma muito. Essa vidinha besta se encaminha para uma melhora, porém, quando Max, um músico de restaurante, aluga o apartamento ao lado. Tudo o que Baby tem de ansiosa, ele tem de despreocupado. O relacionamento engata, ela tenta largar o cigarro, de que ele não gosta – e então Baby descobre que há algo mais entre eles além do tabaco. Segundo longa-metragem da paulistana Anna Muylaert, É Proibido Fumar supera as irregularidades que marcavam seu trabalho de estreia, Durval Discos, sem diminuir as qualidades com que ele acenava: vivacidade, criatividade e respeito pelos personagens. Em boas interpretações, Glória Pires e Paulo Miklos dão a Baby e Max a singularidade das pessoas comuns. E, assim, estabelecem um terreno firme sobre o qual a diretora vai desdobrar de forma inesperada o namoro dos dois, em um tributo tocante à cumplicidade de que, em seus melhores momentos, homens e mulheres são capazes.
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