Saturday, June 19, 2010

Para não perder a calma


Aeroportos congestionados, filas intermináveis
no check-in e voos superlotados.


Anna Paula Buchalla
abuchalla@abril.com.br

Essa é a realidade dos brasileiros que vão viajar nas férias de julho – e, em particular, da maioria que voa na classe econômica. Mas há algumas medidas que agilizam o embarque (elas são especialmente úteis para quem viaja aos Estados Unidos), minimizam o transtorno das filas e até evitam prejuízos. VEJA ouviu comissários de bordo e especialistas em viagens sobre a melhor forma de garantir um embarque tranquilo.


Shutterstock

Problema: o passageiro acha que tem só um item de bagagem de mão – mas desconsidera a bolsa, o casaco, as sacolinhas de compras feitas no duty free...

recomendação: compacte ao máximo a bagagem de mão em um volume apenas e deixe espaço livre nela para acomodar uma ou outra sacolinha. Embarcar com muitos itens é complicado e ainda incomoda os outros passageiros. Os voos andam com lotação de 100% – e os maleiros da cabine, por consequência, também. Nos voos domésticos, a soma das dimensões (altura, largura e comprimento) não deve ser superior a 115 centímetros e o peso não pode exceder 5 quilos. Nos voos internacionais, cada companhia aérea possui uma norma para bagagem de mão – pode variar de 5 (TAM) a 18 quilos (American Airlines). Pese as malas em casa. Isso evitará gastos com excesso de bagagem ou o constrangimento de ter de passar itens de uma mala para outra no saguão do aeroporto



Divulgação


Problema: como acondicionar laptop e outros eletrônicos que precisam ser removidos da bagagem de mão para passar pelo aparelho de raio X – nos aeroportos americanos, a segurança manda para um "chiqueirinho" e submete a revista quem desobedece à regra

Recomendação: reserve, na maleta, um espaço do qual o laptop possa ser tirado e então reacomodado sem rearranjos nem obstruções. Ainda mais fácil: hoje existem maletas especiais, autorizadas pelas polícias federais estrangeiras, que dispensam a remoção do laptop. Em geral, esses modelos não têm nenhum zíper, botão, fivela de metal ou bolso. Nenhum outro objeto, além do notebook, deve ser guardado na maleta




Andy Caulfield/Getty Images

Problema: o passageiro chega ao aeroporto e descobre que seu voo está superlotado, atrasado ou foi cancelado pela companhia aérea

Recomendação: reclame e não deixe barato. Desde o dia 13, uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que, quando o cliente solicitar, as empresas deverão reembolsar imediatamente o valor da passagem e da taxa de embarque. A regra vale para overbooking, cancelamento ou atraso superior a quatro horas. Antes, as companhias tinham até trinta dias para efetuar o pagamento. Após duas horas de espera, o passageiro também passa a ter direito a alimentação adequada e proporcional ao tempo de espera até o embarque




Simon Marcus/Corbis/Latinstock

Problema: o passageiro chega ao aeroporto e descobre que seu voo está superlotado, atrasado ou foi cancelado pela companhia aérea

Recomendação: reclame e não deixe barato. Desde o dia 13, uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que, quando o cliente solicitar, as empresas deverão reembolsar imediatamente o valor da passagem e da taxa de embarque. A regra vale para overbooking, cancelamento ou atraso superior a quatro horas. Antes, as companhias tinham até trinta dias para efetuar o pagamento. Após duas horas de espera, o passageiro também passa a ter direito a alimentação adequada e proporcional ao tempo de espera até o embarque


Alan Shein/Corbis/Latinstock

Problema: a mala é aberta pelos fiscais depois de passar pelo raio X e, embora não tenha sido apreendida, viaja praticamente aberta até seu destino

Recomendação: para viagens aos Estados Unidos, onde a mala despachada pode ser inspecionada por agentes federais, prefira cadeados com segredo TSA (sigla para transportation security administration, ou administração de segurança nos transportes). Eles podem ser abertos com uma chave mestra e travados novamente pelos agentes sem ser danificados. Os modelos que não estão de acordo com as normas da TSA correm o risco de ser destruídos e inutilizados pelos seguranças que farão a inspeção




Alan Shein/Corbis/Latinstock

Problema: ainda que se chegue ao aeroporto com três horas de antecedência, a fila do check-in é extensa e há sempre o risco de perder o horário do embarque

Recomendação: é possível fazer um embarque mais rápido. Há, por exemplo, o check-in antecipado: ele pode ser feito via internet, celular ou totens de autoatendimento espalhados pelos aeroportos. Ainda que seja preciso ficar na fila para despachar a bagagem, o processo no balcão de atendimento é bem mais rápido. Outra opção: algumas companhias, como a TAM, retiram as malas em casa e as entregam no destino. Por enquanto, o serviço vale somente para voos nacionais e custa entre
50 e 100 reais, de acordo com o peso da mala

Outras fontes consultadas: Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista; Guilherme Pitta, cirurgião vascular; Jozian Quental, dermatologista; Luciano Barsanti, tricologista; Infraero; Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor; Avianca; Le Postiche; e Samsonite

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