CPI dos Sanguessugas
CPI dos Sanguessugas 4 – É preciso investigar se houve ato lesivo ao pleito democrático
Embora o relatório final afirme que não há provas de que os possíveis beneficiários — Lula e Aloizio Mercadante — soubessem da armação, há uma recomendação: “Na hipótese de que surjam provas [de] que os valores destinados à aquisição do dossiê originaram-se do caixa de campanha ou de recursos partidários, configurar-se-ia infração eleitoral de abuso do poder econômico, prevista no §3o do art. 22 combinado com o art. 25, ambos da Lei 9.504/97, a ser processado nos termos do art. 22 da Lei Complementar 64/90 e dos §§ 10 e 11 do art. 14 da Constituição Federal. Por esse motivo, entende esta CPMI que o caso deva ser acompanhado pela Corregedoria-Geral Eleitoral, bem como pelo Ministério Público, para promover as ações devidas caso fique comprovado ato lesivo à lisura do pleito democrático.”
Quinta-feira, Dezembro 14, 2006
CPI dos Sanguessugas 3 - IstoÉ: nove citações e o que elas revelam
A IstoÉ é citada 9 vezes no relatório de 738 páginas na CPI. E algo de interessante acontece. Em seis delas, a revista é usada como uma espécie de fonte de informação para fundamentar o pedido de indiciamento de Abel Pereira, que teria atuado num esquema durante a gestão de Barjas Negri no Ministério da Saúde. Em três outras, fica evidente o comprometimento da revista com a operação dos aloprados. Se o rigor jornalístico num caso e no outro seguiu o mesmo padrão, Abel talvez consiga se defender com facilidade. Seguem as citações que juntam aloprados e revista.
Página 342 – “Essa entrevista era também parte do acordo, que previa a divulgação das informações por meio de um grande veículo da mídia. Tendo sido oferecida a matéria para o semanário Época, a entrevista sobre as novas denúncias envolvendo nomes do PSDB acabou sendo concedida no dia 14/09, com exclusividade para o repórter Mário Simas Filho, da IstoÉ. O repórter retornou a Brasília no mesmo vôo que Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, conforme informação obtida também junto à TAM.”
Página 403 – “É fato também que Hamilton Lacerda atuava na coordenação de comunicação, em São Paulo, sob a orientação de Jorge Lorenzetti. Ele tinha por missão fazer contato com a mídia e, sem surpresa, verifica-se que na negociação existia um acordo para que os Vedoin dessem uma entrevista para a capa da revista IstoÉ, que
efetivamente veio a ser publicada na mesma semana da prisão de Gedimar e Valdebran.”
Página 729 – “Aparentemente, o que todo esse quebra-cabeças leva a crer é que o dinheiro destinava-se a remunerar os Vedoin por conceder a entrevista ao veículo de comunicação, com um evidente benefício eleitoral para as campanhas do PT. Entretanto, o resultado das investigações conduzidas até o momento não permitem concluir que os candidatos tenham tido conhecimento prévio ou dado anuência a tal plano.”
Página 342 – “Essa entrevista era também parte do acordo, que previa a divulgação das informações por meio de um grande veículo da mídia. Tendo sido oferecida a matéria para o semanário Época, a entrevista sobre as novas denúncias envolvendo nomes do PSDB acabou sendo concedida no dia 14/09, com exclusividade para o repórter Mário Simas Filho, da IstoÉ. O repórter retornou a Brasília no mesmo vôo que Osvaldo Bargas e Expedito Veloso, conforme informação obtida também junto à TAM.”
Página 403 – “É fato também que Hamilton Lacerda atuava na coordenação de comunicação, em São Paulo, sob a orientação de Jorge Lorenzetti. Ele tinha por missão fazer contato com a mídia e, sem surpresa, verifica-se que na negociação existia um acordo para que os Vedoin dessem uma entrevista para a capa da revista IstoÉ, que
efetivamente veio a ser publicada na mesma semana da prisão de Gedimar e Valdebran.”
Página 729 – “Aparentemente, o que todo esse quebra-cabeças leva a crer é que o dinheiro destinava-se a remunerar os Vedoin por conceder a entrevista ao veículo de comunicação, com um evidente benefício eleitoral para as campanhas do PT. Entretanto, o resultado das investigações conduzidas até o momento não permitem concluir que os candidatos tenham tido conhecimento prévio ou dado anuência a tal plano.”
CPI dos Sanguessugas 2 - O que diz o relatório sobre Freud e o que apurou o jornalismo
O nome de Freud Godoy aparece citado no relatório, pela primeira vez, na página 343. Leiam: “Por fim, cabe menção à figura de Freud Godoy, assessor da Presidência da República e durante anos responsável pela segurança pessoal do Presidente. Seu nome foi trazido para dentro das investigações por meio das declarações inicialmente prestadas por Gedimar Passos, logo após sua prisão. Segundo Gedimar, teria sido Freud o responsável por sua contratação para atuar na operação. Deve-se registrar, no entanto, que posteriormente Gedimar negou tal informação, dizendo que suas palavras haviam sido manipuladas. Também não surgiu, nos autos, qualquer envolvimento adicional da figura de Freud Godoy nos eventos apurados da operação, a despeito do muito que foi dito pela imprensa sobre sua eventual participação.”
Leiam agora trechos de reportagem publicada pela Veja no dia 18 de outubro (assinante lê íntegra aqui)
“Nas últimas semanas, uma operação abafa foi deflagrada para tentar apagar as chamas mais destruidoras levantadas pelo escândalo da compra do dossiê. Nessa operação aparece o que pode ser a impressão digital de um personagem muito próximo do presidente Lula. Esse personagem é Freud Godoy, ex-segurança pessoal de Lula e que até sua demissão, há quase um mês, ocupava o cargo de assessor especial do presidente. Freud teve seu nome citado pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, aquele que trabalhava com ‘tratamento de informações’ na campanha de Lula e foi preso no dia 15 de setembro passado num hotel em São Paulo junto com o petista Valdebran Padilha. Gedimar e Valdebran foram flagrados com 1,7 milhão de reais para a compra do dossiê falso que serviria para ligar os tucanos à máfia dos sanguessugas. Depois de acusar Freud de ser o mandante da compra do dossiê em seu depoimento inicial, Gedimar recuou, retirando a única referência a Freud feita até agora na investigação do caso. Depois desse recuo, Freud tem desfilado por colunas jornalísticas e eventos sociais como um injustiçado. Tudo graças ao ‘novo’ Gedimar, que agora diz ter sido pressionado a entregar o nome de Freud por métodos de tortura psicológica praticadas pelo delegado que o prendeu – Edmilson Bruno, o mesmo que divulgou as fotos do dinheiro usado para comprar o dossiê. Bruno será alvo de uma investigação interna da Polícia Federal e pode ser demitido do cargo.
O que fez Gedimar mudar sua versão inicial e inocentar o assessor próximo do presidente da República? A apuração dos repórteres de VEJA mostra que a operação abafa seguiu um padrão mais ou menos constante na crônica policial do governo petista. Primeiro se comete um ilícito e depois se seguem outros ainda mais demolidores na tentativa de encobrir o primeiro. A operação faxina do dossiêgate contou com a colaboração jurídica do ministro Márcio Thomaz Bastos (sempre ele), da mãozinha financeira do tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e da força bruta de um cidadão até agora distante do caso: José Carlos Espinoza – como Freud, um grandalhão que trabalhou como segurança de Lula e ganhou um emprego no governo. Espinoza trabalhou no escritório paulista da Presidência da República até se afastar para dedicar-se à campanha à reeleição de Lula. Nessa operação, coube a Márcio Thomaz Bastos conversar com Freud quando o escândalo estourou e indicar a ele um advogado de sua confiança (do ministro, é claro). Thomaz Bastos cobrou esforços diários de Freud, do advogado indicado por ele e do tesoureiro do PT no que parecia ser a tarefa mais urgente: convencer Gedimar a recuar.
Seguindo o mesmo padrão dos escândalos do mensalão e da quebra do sigilo do caseiro, a missão principal de Thomaz Bastos foi a de blindar o presidente da República colocando-o a salvo das ondas de choque das investigações. Tão logo Gedimar foi preso, o ministro telefonou para Geraldo José Araújo, superintendente da PF em São Paulo, para perguntar: "Isso respinga no presidente?". Na semana passada, Thomaz Bastos mobilizou-se para defender o governo depois da notícia divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo dando conta de um depósito de 396.000 reais que teria sido feito pelo investidor Naji Nahas na conta bancária de Freud. Partiu do ministro Bastos a orientação final sobre a forma pela qual Freud e Nahas deveriam negar a história. Eles a cumpriram à risca. Não se tem a confirmação do depósito. Essas operações só são verificáveis com a quebra do sigilo dos envolvidos. Isso é uma violência. Ela foi praticada ilegalmente por um ministro (Antonio Palocci) contra um simples caseiro (Francenildo dos Santos Costa), e isso lhe custou o cargo e um processo criminal. Quebrar o sigilo bancário e telefônico de Freud Godoy é uma violência? Com base nos indícios levantados até agora, o Ministério Público Federal decidiu, na semana passada, fazer esse pedido à Justiça.
(...)
Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. O encontro ocorreu logo depois da acareação regular entre Freud e Gedimar, um encontro de cinco minutos que, segundo o relato oficial, transcorreu em silêncio da parte de Gedimar. O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada".
Leiam agora trechos de reportagem publicada pela Veja no dia 18 de outubro (assinante lê íntegra aqui)
“Nas últimas semanas, uma operação abafa foi deflagrada para tentar apagar as chamas mais destruidoras levantadas pelo escândalo da compra do dossiê. Nessa operação aparece o que pode ser a impressão digital de um personagem muito próximo do presidente Lula. Esse personagem é Freud Godoy, ex-segurança pessoal de Lula e que até sua demissão, há quase um mês, ocupava o cargo de assessor especial do presidente. Freud teve seu nome citado pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, aquele que trabalhava com ‘tratamento de informações’ na campanha de Lula e foi preso no dia 15 de setembro passado num hotel em São Paulo junto com o petista Valdebran Padilha. Gedimar e Valdebran foram flagrados com 1,7 milhão de reais para a compra do dossiê falso que serviria para ligar os tucanos à máfia dos sanguessugas. Depois de acusar Freud de ser o mandante da compra do dossiê em seu depoimento inicial, Gedimar recuou, retirando a única referência a Freud feita até agora na investigação do caso. Depois desse recuo, Freud tem desfilado por colunas jornalísticas e eventos sociais como um injustiçado. Tudo graças ao ‘novo’ Gedimar, que agora diz ter sido pressionado a entregar o nome de Freud por métodos de tortura psicológica praticadas pelo delegado que o prendeu – Edmilson Bruno, o mesmo que divulgou as fotos do dinheiro usado para comprar o dossiê. Bruno será alvo de uma investigação interna da Polícia Federal e pode ser demitido do cargo.
O que fez Gedimar mudar sua versão inicial e inocentar o assessor próximo do presidente da República? A apuração dos repórteres de VEJA mostra que a operação abafa seguiu um padrão mais ou menos constante na crônica policial do governo petista. Primeiro se comete um ilícito e depois se seguem outros ainda mais demolidores na tentativa de encobrir o primeiro. A operação faxina do dossiêgate contou com a colaboração jurídica do ministro Márcio Thomaz Bastos (sempre ele), da mãozinha financeira do tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e da força bruta de um cidadão até agora distante do caso: José Carlos Espinoza – como Freud, um grandalhão que trabalhou como segurança de Lula e ganhou um emprego no governo. Espinoza trabalhou no escritório paulista da Presidência da República até se afastar para dedicar-se à campanha à reeleição de Lula. Nessa operação, coube a Márcio Thomaz Bastos conversar com Freud quando o escândalo estourou e indicar a ele um advogado de sua confiança (do ministro, é claro). Thomaz Bastos cobrou esforços diários de Freud, do advogado indicado por ele e do tesoureiro do PT no que parecia ser a tarefa mais urgente: convencer Gedimar a recuar.
Seguindo o mesmo padrão dos escândalos do mensalão e da quebra do sigilo do caseiro, a missão principal de Thomaz Bastos foi a de blindar o presidente da República colocando-o a salvo das ondas de choque das investigações. Tão logo Gedimar foi preso, o ministro telefonou para Geraldo José Araújo, superintendente da PF em São Paulo, para perguntar: "Isso respinga no presidente?". Na semana passada, Thomaz Bastos mobilizou-se para defender o governo depois da notícia divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo dando conta de um depósito de 396.000 reais que teria sido feito pelo investidor Naji Nahas na conta bancária de Freud. Partiu do ministro Bastos a orientação final sobre a forma pela qual Freud e Nahas deveriam negar a história. Eles a cumpriram à risca. Não se tem a confirmação do depósito. Essas operações só são verificáveis com a quebra do sigilo dos envolvidos. Isso é uma violência. Ela foi praticada ilegalmente por um ministro (Antonio Palocci) contra um simples caseiro (Francenildo dos Santos Costa), e isso lhe custou o cargo e um processo criminal. Quebrar o sigilo bancário e telefônico de Freud Godoy é uma violência? Com base nos indícios levantados até agora, o Ministério Público Federal decidiu, na semana passada, fazer esse pedido à Justiça.
(...)
Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. O encontro ocorreu logo depois da acareação regular entre Freud e Gedimar, um encontro de cinco minutos que, segundo o relato oficial, transcorreu em silêncio da parte de Gedimar. O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada".
CPI dos Sanguessugas 1 - quatro dos 10 que têm indiciamento pedido são da campanha de Lula, dois deles seus amigos pessoais
A CPI dos Sanguessugas conseguiu aprovar por unanimidade o relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO) que pede o indiciamento dos chamados “aloprados” e de mais quatro pessoas. A principal pergunta, no entanto, continua sem resposta: de onde veio a bolada de R$ 1,750 milhão que pagaria a tramóia?
Entre as 10 pessoas que têm seu indiciamento sugerido ao Ministério Público, nada menos de quatro estão diretamente ligadas à campanha eleitoral de Lula, dois dos quais amigos pessoais do presidente: Jorge Lorenzetti, que chefiava o setor de “inteligência” da campanha do PT, e o sindicalista Osvaldo Bargas. Os dois outros do comitê são Gedimar Passos, ex-policial federal, e Expedito Velloso, ex-diretor do Banco do Brasil.
José Airton Cirilo, Raimundo Lacerda Filho e José Caubi Diniz são acusados de pertencer a um esquema de desvio de recursos de ambulâncias que vigorou no Ministério da Saúde durante a gestão do petista Humberto Costa. Completam a lista Hamilton Lacerda, ex-assessor pessoal do senador Aloizio Mercadante; Vadebran Padilha, empresário ligado ao PT do Mato Grosso, e Abel Pereira, acusado por Luiz Antonio Vedoin de receber propina da máfia na gestão na Saúde do tucano Barjas Negri.
Escapou
Freud Godoy, assessor pessoal de Lula, implicado por Gedimar Passos logo no dia da prisão escapou do indiciamento. Ele se demitiu tão logo seu nome surgiu no noticiário. Para quem não se lembra: em depoimentos a dois delegados diferentes, Gedimar afirmou que seguia ordens de Freud. O Planalto montou uma verdadeira operação de guerra para apagar suas pegadas do imbróglio, apurou Veja.
Entre as 10 pessoas que têm seu indiciamento sugerido ao Ministério Público, nada menos de quatro estão diretamente ligadas à campanha eleitoral de Lula, dois dos quais amigos pessoais do presidente: Jorge Lorenzetti, que chefiava o setor de “inteligência” da campanha do PT, e o sindicalista Osvaldo Bargas. Os dois outros do comitê são Gedimar Passos, ex-policial federal, e Expedito Velloso, ex-diretor do Banco do Brasil.
José Airton Cirilo, Raimundo Lacerda Filho e José Caubi Diniz são acusados de pertencer a um esquema de desvio de recursos de ambulâncias que vigorou no Ministério da Saúde durante a gestão do petista Humberto Costa. Completam a lista Hamilton Lacerda, ex-assessor pessoal do senador Aloizio Mercadante; Vadebran Padilha, empresário ligado ao PT do Mato Grosso, e Abel Pereira, acusado por Luiz Antonio Vedoin de receber propina da máfia na gestão na Saúde do tucano Barjas Negri.
Escapou
Freud Godoy, assessor pessoal de Lula, implicado por Gedimar Passos logo no dia da prisão escapou do indiciamento. Ele se demitiu tão logo seu nome surgiu no noticiário. Para quem não se lembra: em depoimentos a dois delegados diferentes, Gedimar afirmou que seguia ordens de Freud. O Planalto montou uma verdadeira operação de guerra para apagar suas pegadas do imbróglio, apurou Veja.