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Lauro Jardim Governo Na ONU? Eleições 2010 "A campanha já está nas ruas" Medo das cobranças Brasil Brasília em pânico Economia O vírus do estatismo De biscoito a cimento Meirelles e o abismo Um neobanqueiro que sobe Mudanças na TIM Literatura Luxo Preso
ljardim@abril.com.br
A mais de uma pessoa Lula disse que foi sondado para
se candidatar a secretário-geral da ONU em 2011.Alan Marques/Folha Imagem Thomaz Bastos, o moita
Sem chamar atenção por um bom tempo, mais especificamente até janeiro, Márcio Thomaz Bastos fez parte da cúpula da campanha de Dilma Rousseff. O ex-ministro da Justiça de Lula participou das reuniões fechadas, ao lado de Antonio Palocci, Fernando Pimentel e João Santana.Reservado
Thomaz Bastos: discrição
Em público, José Alencar tem dito que só decidirá se será candidato a partir do resultado do exame que fará no dia 17. Mas aos mais próximos tem mostrado bastante entusiasmo com a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais. A um amigo, disse recentemente:
"A campanha já está nas ruas".
Pelo menos uma grande empreiteira brasileira decidiu não doar nem um centavo aos candidatos nas eleições de outubro – ou, pelo menos, não contribuirá no caixa um. Em conversas privadas, seu controlador tem reclamado que as doações registradas no TSE se transformam num bumerangue: depois das eleições, "cobranças pesadas" passam
a ser feitas pela imprensa contra as empresas doadoras. Como é difícil supor que uma grande empreiteira possa passar indiferente aos pedidos dos candidatos, é sinal de mais caixa dois nas eleições.
A segunda fase da Operação Caixa de Pandora – aquela que resultou na prisão de José Roberto Arruda – será focada nas empresas privadas que faziam parte do esquema. Está todo mundo em pânico.
É desalentador para quem prega o bom senso na economia o resultado de uma pesquisa nacional feita pela Análise, do sociólogo Alberto Almeida, sob encomenda do Instituto Millenium. A 1 000 entrevistados de setenta cidades foi feita, entre outras, a seguinte pergunta: "Grandes multinacionais instaladas no Brasil, como Coca-Cola, GM e Microsoft, devem
ser estatizadas?". Cerca de 50% dos entrevistados foram contra o absurdo. O resto dividiu-se entre "não sei" e "sou a favor".
O grupo cearense M. Dias Branco, um dos maiores fabricantes de biscoitos e massas alimentícias
do Brasil, resolveu se diversificar. Com um investimento de 62 milhões de reais, vai entrar no concentrado setor de cimento abrindo uma fábrica na Bahia.
Henrique Meirelles aceitou fazer o prefácio da edição brasileira do livro do ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Henry Paulson, À Beira do Abismo: a Corrida para Salvar a Economia Global do Colapso (Editora Campus/Elsevier). Meirelles foi um dos interlocutores de Paulson nos momentos mais angustiantes da crise. Ele vai escrever sobre como o Brasil olhou o abismo e o evitou, além de comentar os episódios descritos por Paulson.
Daniel Goldberg é o novo presidente do Morgan Stanley no Brasil. Advogado de formação, Goldberg, 34 anos, hoje chefia o banco de investimentos do Morgan. Até três anos atrás, nunca trabalhara num banco.
Pouco mais de um ano depois de ser deslocado da presidência da TIM no Brasil para a presidência do conselho de administração da operadora italiana, Mário Cesar de Araújo deixará definitivamente a empresa. Para o seu lugar, os italianos escalaram o executivo Manoel Horácio da Silva.Bettmann/Corbis/Latinstock
Assinatura rara
J.D. Salinger: hábitos de leitura revelados
O que Salinger lia
Um pequeno pedaço de papel (na verdade, uma nota fiscal) arrematado por um colecionador brasileiro num leilão no ano passado tem o condão de revelar o que andava lendo o reclusoJ.D. Salinger, que morreu em janeiro e de quem pouco se sabia o que fazia. Entre os cinco livros que comprou estava Find a Victim, protagonizado por Lew Archer, um dos maiores detetives da ficção americana, criado por Ross MacDonald. Salinger levou também um livro do poeta e dramaturgo grego Sófocles. A nota de compra mostra que a letra de Salinger em 2001, àquela altura com 82 anos de idade, ainda estava firme. O documento foi adquirido por 800 dólares pelo brasileiro. Na semana retrasada, outro papel, contendo somente a assinatura de Salinger, foi vendido nos EUA por 3 000 dólares.Fotos Roberto Setton e Divulgação
Nos ares da axé music
Há alguns anos, Ivete Sangalo sobrevoa o país em seu jatinho Citation SII. Agora, sua maior rival nos ares da axé music, Claudia Leitte, acaba de comprar um jato executivo – mais novo e mais moderno. Claudia escolheu um Phenom, fabricado pela Embraer, que tem capacidade para transportar quatro passageiros e dois tripulantes. A cantora pagou 3,5 milhões de reais pelo brinquedo estalando de novo.Voando alto
Claudia Leitte: disputa com Ivete Sangalo
nos trios elétricos e agora nos jatinhos tambémSó o terror constrói
Felipe Dana/APComo o Supremo Tribunal Federal ainda não publicou o acórdão do julgamento do terrorista italiano Cesare Battisti, realizado em novembro, o caso segue sem solução aparente. O Supremo autorizou sua extradição, mas no Planalto sabe-se que Lula está decidido a dar asilo ao terrorista. Vai alegar "motivos humanitários". A chave da argumentação teria sido dada pelo próprio Berlusconi, quando se encontrou com Lula em Roma, em novembro. Na ocasião, ele disse que, se a decisão de Lula fosse a de dar refúgio a Battisti, pelo menos não a justificasse por "fundado temor de perseguição política", como fizera Tarso Genro. A sorte de Battisti é ser um assassino de esquerda que tentou destruir com bombas uma democracia. Fosse cubano, pacífico, e fizesse greve de fome contra a ditadura, morreria e Lula ainda poria a culpa nele. Givaldo Barbosa/Ag. O Globo
Battisti: enquanto o STF
não publicar o acórdão,
ele vai ficandoConselho italiano
Lula deve conceder refúgio alegando "motivos humanitários"